Se o setor de eventos já anunciou a temporada de festas e eventos a partir da segunda quinzena de janeiro, as redes de hotéis se animaram n o Espírito Santo. A proximidade do verão 2023 faz com que o mercado capixaba se prepare para a chegada dos turistas. O Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Espírito Santo (Sindihotéis) destaca que o otimismo para a temporada é bem alta.
Na avaliação dos empresários deste setor, o verão nunca nega bons resultados para o setor hoteleiro capixaba, já que as praias continuam sendo os destinos mais procurados pelos turistas brasileiros. Principalmente pessoas dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, conforme identificou estudo realizado pelo Sindhotéis.
A expectativa de ocupação do setor hoteleiro para a temporada de verão, atualmente é de pelo menos 90%. Contudo, o cenário político brasileiro, após as eleições, inspira cautela.
As cidades mais visitadas no período de verão, a partir das festas de final de ano e as férias escolares, continuam sendo as do litoral. Guarapari, Iriri, Vitória, Vila Velha, Marataízes e Itaúnas, são bons exemplos de destinos de grande movimentação turística nesses períodos. Mas há alguns anos a região das montanhas capixabas entrou na rota do sol, também. Principalmente porque quem deseja aproveitar a natureza sem agitação.
Trabalho
O sindicato destaca que as regiões de montanhas têm mantido uma grande procura durante todo ano. E essa movimentação permite contratações ao longo do ano. Entretanto, deverá aumentar a partir de agora. O presidente do Sindihotéis, Attila Miranda Barbosa, destaca que o setor já está se organizando para receber um número maior de turistas.
“Com a alta da demanda, hotéis e pousadas já começam a aumentar seus números de colaboradores. Precisamos proporcionar a melhor experiência ao nosso turista, e essa experiência está diretamente relacionada a um bom atendimento e a uma boa estrutura. E a hotelaria capixaba se destaca pelo cuidado a cada detalhe”, aponta Barbosa.
Sobre vendas por plataformas e sites, que facilitam a vida dos turistas, como booking, Airbnb, hotéis.com, que juntam várias opções de hospedagens em um só lugar, onde os hotéis e pousada podem cadastrar seus estabelecimentos, Barbosa é enfático: “Todos os meios de vendas on-line são importantes para a hotelaria, é uma grande vitrine”.
Turismo de proximidade
Nos últimos anos percebe-se um aumento no número de turistas do próprio estado, e também um número expressivo de turistas de estados próximos, o que demonstra o constante crescimento do turismo de proximidade, que desde 2020 é apontado como a grande realidade e tendência de turismo no país.
Um levantamento realizado pelo Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que cerca de 57,2% das viagens, realizadas em 2021, foram em carro particular ou de empresas de transportes rodoviários. Com isso, segundo o presidente do Sindihotéis, Attila Miranda Barbosa, as viagens curtas, chamadas de “staycation” ou turismo de proximidade, são uma tendência no Brasil, que fortalece a retomada turística no país pós pandemia.
”Esses dados mostram que mesmo com a inflação e a alta dos preços das passagens aéreas, o brasileiro buscou alternativas para viajar e fomentar o turismo no país”, conclui Barbosa.
Copa do Mundo: o “esquenta” da temporada
Antes do verão chegar o maior evento de futebol do mundo inicia e pode antecipar o aquecimento do turismo. Essa é a expectativa do mercado, que envolve mais do que hospedagem, como comércio, bares e restaurantes. A Copa do Mundo 2022 começa dia 21 de novembro no Catar e pesquisa realizada pela Meta Foresight aponta que 84% dos brasileiros deverá se envolver no mundial.
O número positivo de interessados pela competição despertou a expectativa dos comerciantes com aumento da clientela em bares e restaurantes nos dias de jogos, que também será um dos grandes responsáveis pelo aquecimento da economia.
De acordo com Rodrigo Vervloet, presidente do SindBares e Abrasel no ES, essa afinidade com o futebol faz com que o movimento de bares e restaurantes do Estado aumente cerca de 30% durante a Copa do Mundo. “O movimento nos bares aumenta normalmente quando tem um jogo de futebol de time brasileiro, mas na Copa do Mundo o país todo para assistir o campeonato”, esclarece.
Os brasileiros buscam por locais propícios para assistir aos jogos da seleção do país, por isso é fundamental saber administrar a demanda prevista no período da Copa, além de estabelecer um ambiente confortável para tornar a experiência imersiva para o cliente.
A Copa do Mundo de 2022 terá duração de 28 dias, com três jogos iniciais do Brasil, e Rodrigo expõe que a primeira impressão do cliente sobre o estabelecimento é fundamental, pois à medida que a copa avança, os brasileiros buscam com mais animação assistir às partidas.
“Aqueles primeiros jogos têm a excitação inicial, mas quanto mais vitórias o Brasil tiver, mais comemorações. É preciso garantir que seu estabelecimento está preparado para a festa”, finaliza.
ES Hoje