Após enchente que devastou a cidade, Mimoso do Sul enfrenta agora um novo desafio: o excesso de poeira resultante da lama que está secando nas ruas. Mimoso foi assolado por uma enchente no dia 22 de março, que aumentou no dia seguinte e provocou 18 mortes, além de milhares de desalojados.
Com a cidade coberta por uma camada de poeira, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu um alerta sobre os riscos à saúde da população, orientando medidas preventivas urgentes.
O secretário municipal de Saúde, Eliedson Morini, destacou a gravidade da situação. "A poeira está por toda parte, tornando-se uma das nossas maiores preocupações atualmente," disse ele.
O secretário enfatiza a importância de usar máscaras, principalmente quando sair das casas, lavar as mãos com frequência e adotar práticas de limpeza que minimizem o contato com a poeira, como passar pano molhado na hora de varrer os imóveis.
Eliedson reforçou que a prefeitura tem intensificado esforços de limpeza, operando desde as primeiras horas da manhã com o apoio de maquinário próprio e cedido pelo governo do estado, além da ajuda de voluntários.
No entanto, Morini reconhece que a tarefa é desafiadora, com a prioridade atual voltada para a remoção de escombros e lixo acumulado, o que torna a umidificação das ruas uma medida difícil de implementar no momento.
Além do perigo representado pela poeira, há uma preocupação crescente com doenças como a leptospirose, doença perigosa causada por ratos e que pode ser transmitida por meio da água da enchente.
O secretário fez um apelo à população para que procure assistência médica ao menor sinal de sintomas incomuns. O atendimento pode ser encontrado no posto de saúde central ou em unidades provisórias montadas nos bairros, já que muitos foram atingidos.