Foto:Divulgação
Mais de dois meses após o fim da greve dos médicos peritos do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda é possível ver a peregrinação
de segurados que tentam passar pela perícia para conseguir ou renovar um
benefício. Nas contas do INSS, 660 mil perícias ainda precisam ser feitas no
país, de um total de 1,3 milhão de exames que deixaram de ser feitos durante a
greve. No Rio, desde o fim da greve, 54 mil perícias foram feitas.
De acordo com o diretor Sindical da Associação Nacional dos
Médicos Peritos (ANMP) Luiz Carlos Argolo, a reposição das perícias médicas não
têm sido feitas de maneira ideal nas agências de todo o país, o que prejudica
ainda mais o segurado. Segundo ele, se 85% dos peritos fizessem um mutirão para
repor a agenda, o problema da fila estaria resolvido em dois meses. Com o
método do INSS, no entanto, de escalar apenas os grevistas, a reposição poderá
levar até um ano, diz Argolo.
Com o acúmulo de perícias, o diretor cita que o INSS não tem
mais espaço físico para o atendimento nem servidores administrativos
suficientes.
— Queremos a diluição dessa reposição para todos os peritos.
Obviamente, quem fez greve precisa repor mais, mas quem não fez também precisa
dar uma contribuição — diz.
De acordo com o INSS, o volume de perícias acumuladas durante
a greve tem sido enfrentado com mutirões e abertura de vagas na agenda, geradas
pela reposição dos dias parados. Isso permite, segundo o instituto, antecipar o
atendimento daqueles segurados que estão esperando na fila dos exames há mais
tempo.
Relatório do TCU
Um documento da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da
Informação do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta ineficiência nos
sistemas de tecnologia da informação e banco de dados utilizados pela
Previdência Social. Os problemas, segundo o relatório do TCU, podem comprometer
as atividades finais da Previdência, ligadas diretamente à concessão de
benefícios geridos pelo INSS. As informações são do jornal Extra.
Campos 24 Horas.
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