Foto Edson Chagaz-GZ
Embora a polícia não tenha dúvidas de que o caseiro Cosme Farias, 57, foi assassinado pela mulher dele e o amante dela na manhã deste sábado (2) em Cariacica, a real motivação do crime ainda está sendo investigada.
A família de Cosme conta que ele era maltratado e humilhado pela mulher, Valdeles Santos de Jesus Farias, 36, e que ela tinha interesse na pensão que ele recebia por invalidez.
Já a acusada diz que Cosme a obrigava a participar de orgias com outros homens, sob ameaça de morte, e que resolveu colocar fim nos abusos tirando a vida dele.
Quando a equipe de reportagem chegou ao local onde o caseiro foi encontrado morto, Valdeles deu outra versão do crime à imprensa e aos policiais. A acusada chegou a dar entrevistas, dizendo que estava muito abalada e que não sabia quem poderia ter cometido o crime.
“Quando eu cheguei, ele estava agonizando ali. A gente não morava junto e havia marcado de se encontrar para conversar. Eu não sei porque ele já foi agredido antes e nem sei o que aconteceu. Eu não quero falar mais nada porque é muito sofrimento”, disse durante a entrevista.
Já para a família da vítima, ela contou que achou o caseiro morto e que acreditava que ele havia caído de uma escada. “Meu irmão não tinha condições físicas de subir degraus e o corpo dele foi encontrado longe de escadas”, contou Damiana Farias, 57 anos, irmã da vítima.
As contradições chamaram a atenção do delegado Rodrigo Sandi Mori, que estava de plantão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele levou Valdeles à delegacia e em menos de cinco minutos de depoimento ela confessou o crime.
Ela e o amante, o vigilante Leandro Paiva, foram autuados em flagrante por homicídio qualificado por impossibilidade de defesa da vítima, meio cruel e motivo torpe. Eles foram levados para o presídio.
A Gazeta
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