Depois de ameaçar desembarcar do governo Dilma Rousseff (PT) a reboque do PMDB, o Partido Progressista (PP) decidiu permanecer na base governista. No entanto, os congressistas estão liberados pelo comando nacional da sigla para votarem contra Dilma no processo de impeachment.
Segundo o senador Ciro Nogueira, presidente nacional da legenda, "mais de 40” dos 57 deputados e senadores progressistas concordam com a manutenção do apoio a Dilma. "A tendência pelo rompimento só existiu na cabeça de alguns (...) Não vamos repetir o mesmo erro do PMDB", ironizou o dirigente.
A decisão, no entanto, não agrada ao presidente do PP no Espírito Santo, deputado federal Marcus Vicente. Ele disse que a opção por continuar na base do governo Dilma trata-se de uma "decisão pessoal" de Ciro Nogueira e que não reflete o pensamento da sigla.
Segundo o deputado capixaba, a decisão caberá ao diretório nacional do partido, que inicialmente se reunirá na próxima terça-feira (12) para deliberar sobre o assunto. "Esta decisão anunciada é dele (Ciro) por conta e risco. Entregamos o documento convocando o diretório para decidir esta questão", disse Vicente.
Voto
O deputado federal também revelou seu voto a favor do impeachment e contradisse o presidente nacional sobre o apoio majoritário dos deputados federais do partido pela continuidade no governo.
"A minha avaliação é contrária a dele, são 30 deputados que votam pelo impeachment e por sair da base, ou seja, 60% dos deputados federais do partido. E o meu voto é pelo desembarque e pelo impeachment", concluiu.
Gazeta Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário