Foto: Divulgação Sesp e MP/ES.)
Postos de gasolina no Espírito Santo venderam ao consumidor gasolina com a presença de produtos utilizados em construções. A informação é do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), da Secretaria de Estado da Segurança Pública, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito (MPES).
As investigações fazem parte da Operação Lídima, deflagrada no último dia 3 de dezembro.
“Por vezes, identificamos a utilização de produtos desconformes e verificamos adição de pó xadrez, um tipo de pó corante para massa de cimento, de tinta, adicionado em proporções empíricas para se chegar à cor adequada (do combustível, como a gasolina)”, afirmou o gerente do Nuroc, delegado Raphael Ramos.
Em nota distribuída pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) na noite deste domingo (16), o delegado diz que consumidores que abasteceram com a gasolina adulterada apresentaram problemas em seus veículos.
“Teve gente que teve de mandar o carro para consertar o motor. Diversos tipos de reclamação. Não temos dúvida que isso tem a ver com o combustível adulterado”. Segundo a nota da Sesp, as investigações se iniciaram há dois anos e a chegada de uma grande carga de nafta ao Espírito Santo, de cerca de 4 milhões de litros, levantou suspeitas.
“Fomos alertados pela Agência Nacional de Petróleo da chegada de 4 milhões de litros de nafta. Parte dessa nafta foi adquirido pelos nossos alvos. E constatamos que foi desviado para batizar combustível. Eis o contexto da operação. Essa nafta foi importada por três empresas de fachada e a parte encontrada no Espírito Santo foi para batizar gasolina”, explicou Raphael.
Tribuna Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário