Foto:Beto Moraes/AT
Parece inacreditável quando, do nada, surge uma pessoa “perfeita”, que faz elogios e diz tudo o que qualquer um gostaria de ouvir e até se dispõe a ajudar na vida financeira e nos afazeres de casa. Mas por trás do que seria um conto de fadas, pode estar um golpista ou uma vigarista.
Situações como essa têm sido cada vez mais comuns, tendo como vítimas homens e, principalmente, mulheres.
O caso mais recente denunciado à polícia é de um aposentado de 57 anos que teve, em três meses, um prejuízo aproximado de R$ 50 mil, entre empréstimos (considerando os juros), que a família tenta reverter, e o benefício que ele recebia.
À frente das investigações, a titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), Rhaiana Bremenkamp, contou que o aposentado conheceu a golpista, de 51 anos, em um site de relacionamento.
“Em 15 dias, eles foram morar juntos. Detalhe: essa mulher tem uma extensa ficha criminal e já foi presa. Então, é sempre muito perigoso você colocar uma pessoa dessa em casa. Ela está solta e desapareceu, mas estamos investigando.”
A mulher foi presa em flagrante por estelionato, em 2005. Em 2010, foi expedido um mandado de prisão por furto e roubo, que foi cumprido no mesmo ano. Já em fevereiro de 2016, ela foi novamente presa em flagrante, por estelionato, e foi solta dois meses depois. Em novembro do mesmo ano, novamente foi expedido um mandado de prisão, dessa vez, por furto.
A reportagem tentou contato com o aposentado, mas um porta-voz da família, que não quis se identificar, foi quem falou sobre o caso. Segundo ele, a golpista ganhou a confiança da vítima com uma rede de mentiras e uma história bem elaborada.
Para aplicar o golpe, ela dizia que iria cuidar das finanças do casal e chegou a afirmar que, nos três meses, havia poupado R$ 6 mil. Mas, ao verificar a conta bancária do idoso, um familiar percebeu que havia algo errado.
A família acredita que o golpe tenha tido participação de um filho da suspeita, que presenteou o casal com um par de alianças douradas.
A Tribuna-ES
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