Na última quarta-feira (9), o juiz federal da 1ª Vara de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Cretella Passos Silva, emitiu despacho para exclusão do nome dos investigados do polo passivo da ação penal tendo em vista o trânsito em julgado da sentença que rejeitou a denuncia do Ministério Público por inépcia, ou seja, não cabe mais recurso porque as partes envolvidas (acusação e defesa) renunciaram ao prazo recursal).
Assim, todos os 15 envolvidos na operação “Carro de Boi” não serão mais considerados réus, em razão da extinção do processo que foi transformado em notícia de fato.
Desta forma, os envolvidos passam ter o nome “nome limpo” diante da Justiça Federal para fins de emissão de certidão negativa.
Agora, a defesa dos envolvidos no caso aguardam resposta da justiça federal quanto aos pedidos de defesa cancelamento das medidas cautelares e devolução dos materiais apreendidos na operação pela justiça estadual de Guaçuí.
Valmir reassume cargo de vereador
Valmir Santiago reassumiu segunda-feira passada (7) o cargo de vereador na Câmara Municipal de Guaçuí.
Em seu discurso, Valmir fez questão de agradecer aos advogados Luiz Bernard e Flávia, que segundo ele, foram firmes e corajosos, acreditando a todo momento em sua inocência. O parlamentar também comentou sobre a investigação que o afastou das atividades na Casa.
Valmir lembrou que em 2014 foi chamado para assumir a provedoria da Santa Casa. “Instituição essa que passava por problemas e, corajosamente, aceitei. Na época, a instituição estava sem as certidões negativas para buscar recursos e com vários títulos protestados em cartório, mesmo assim, assumi a provedoria”, conta o vereador.
Ele também contou que na época existia um contrato de apenas dez leitos de UTI, isso em 2014. Valmir mencionou que o vereador Wanderley acompanhou a Santa Casa por várias vezes e é conhecedor desse fato, citou que a UTI estava em pleno funcionamento, com o contrato assinado pelo Provedor anterior, porém, celebrado pela Secretaria Estadual de Saúde – SESA, onde então, assumindo a provedoria, deu continuidade aos contratos, afinal, tinha o respaldo da SESA e, na época, não pairavam quaisquer questionamentos de irregularidades em questões jurídicas.
“Todos sabem que o serviço de UTI é contínuo, com pessoas internadas de todo o Estado e, com certeza, as pessoas nessas condições não podem estar bem, então, como poderia parar com um serviço de UTI que estava com dez pessoas de todo o canto do Estado?”, questionou.
O vereador indagou ainda; “Qual seria a reação do órgão que me acusou se chegasse alguma denúncia que parei um serviço que o Estado do Espírito Santo e a SESA tinham conhecimento, pactuado, e não havia dúvidas?”.
Para finalizar, Valmir parafraseou o criminalista, mestre e presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalista (ABRACRIM), Elias Mattar Assad, “O Ministério Público acusa, a polícia acusa, a imprensa acusa e o povo acusa e a massa sem saber que está sujeita as mesmas arbitrariedades aplaude”.
O vereador ainda completa, “mas o mais incrível é que quando a pessoa é acusada a justiça está certa, mas quando é inocentada, dizem que comprou a justiça, mas comprar com que? Se só servem para acusar? As pessoas possuem o direito de expressar opiniões, seja qual for a situação, mas também precisam entender quando a pessoa é inocentada, é direito do cidadão, tanto de ser acusado, como de ser inocentado”.
Jornalismo 90.5 FM
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