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quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

MILITARES DO EXÉRCITO SÃO ENVIADOS PARA AJUDAR CIDADES AFETADAS PELA CHUVA NO SUL DO ES

Militares do Exército são enviados para ajudar cidades afetadas pela chuva no Sul do ES
Foto: Fábio Linhares/TV Gazeta
ICONHA - 22/01/2020: Bombeiros passam pela margem da pista para acessar localidades isoladas em Iconha — Foto: Rafael Zambe
ICONHA - 22/01/2020: Bombeiros passam pela margem da pista para acessar localidades isoladas em Iconha — Foto: Rafael Zambe
ICONHA - 22/01/2020: Bombeiros chegam a casa em comunidade isolada de Iconha — Foto: Rafael Zambe/ TV Gazeta
ICONHA - 22/01/2020: Bombeiros chegam a casa em comunidade isolada de Iconha — Foto: Rafael Zambe/ TV Gazeta

Cerca de 40 militares do Exército Brasileiro saíram do 38º Batalhão de Infantaria em Vila Velha, na Grande Vitória, em direção a Iconha por volta das 8h desta quinta-feira (23). A cidade foi foi uma das mais prejudicadas pela forte chuva da última semana e será uma base para a tropa, que vai atuar também nos outros municípios afetados. 
A forte chuva da última sexta-feira (17) matou sete pessoas e ainda deixa mais de 2,9 mil moradores fora de casa na região Sul do Espírito Santo. O governo do estado pediu decreto de estado de calamidade pública para Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta e Rio Novo do Sul, o que foi reconhecido pelo governo federal e publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (22).
Com esse reconhecimento e após pedido da população o governo do estado também pediu ao governo federal a ajuda do Exército nessas cidades, para fins de socorro, limpeza e reconstrução. O Ministério do Desenvolvimento Regional recebeu a solicitação na noite desta quarta e orientou o comando em Vila Velha.
O comandante do 38º Batalhão, coronel Alves, explicou que a equipe não tem prazo de retorno para Vila Velha, que vai permanecer na região de acordo com a demanda.
A intenção é ficar com uma base de apoio em Iconha, mas também se deslocarem para os outros municípios conforme a necessidade.
"Estamos indo com caminhões que têm a capacidade de chegar a regiões mais remotas, caminhões-pipa com água potável para ser distribuída e também para apoiar nas atividades de limpeza. Também estamos indo com caminhões basculantes, para apoiar a retirada de entulhos ou necessidades similares, e também levamos material para apoio da tropa para realizar atividades de limpeza, socorro, qualquer necessidade que aparecer", disse.
O apoio inicial não prevê a construção de pontes. Segundo o coronel, é necessário um apoio especializado para isso. "Nosso batalhão não tem essa capacidade no momento. Sendo solicitado a nós esse tipo de atividade, nós iremos pedir reforço", falou.
Assim que chegarem a Iconha, o Exército participará de uma reunião para entender as necessidades mais iminentes e então começará a trabalhar.
Cinco dias após a chuva, o cenário das cidades mais atingidas ainda é de destruição e muita trabalho pela frente. Ruas, casas e lojas foram tomadas pela lama após a passagem de uma enxurrada.
Em Vargem Alta, 16 pontes caíram e comunidades estão sem acesso. Em Alfredo Chaves, cerca de 15 localidades continuavam isoladas.
Em Iconha, ainda há uma comunidade considerada isolada. No interior da cidade, o cenário é de devastação, com pontes improvisadas, muita lama e ruas e casas destruídas.
Pela manhã, bombeiros saíram com a missão de levar comida e medicamentos a essas localidades. Máquinas foram usadas para abrir caminho e, ainda no início do percurso, a equipe descobriu que parte da rodovia cedeu de madrugada. A solução foi descarregar as mercadorias e seguir a pé pela margem da pista.
As pontes que dão acesso à comunidade foram levadas pela enxurrada e a única forma de chegar até lá era atravessando um rio. Os bombeiros precisaram encontrar um ponto mais raso para fazer a travessia e levar as doações até os moradores. Os pacotes foram levados um a um até a outra margem.
Uma dona de casa viu quase tudo estragar na geladeira e comemorou quando os bombeiros chegaram com mantimentos. "Como que eu vou passar no rio e tudo aí para baixo como está? Não dá não para passar", questionou.

G1/ES

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