Estado intensifica ações de combate ao Aedes aegypti / Imprensa-RJ - Marcelo
Brazílio
No
verão, as altas temperaturas, associadas a períodos de chuva, acendem um alerta
para os cuidados de combate ao mosquito Aedes aegypti. Segundo a Secretaria de
Saúde (SES), com a reentrada do vírus 2 da dengue no Rio de Janeiro, é preciso
manter, sobretudo, a atenção dentro de casa para que a doença não se
multiplique. De acordo com o porta voz da SES, o médico Alexandre Chieppe, o
cenário que se apresenta mostra que em 2020 há grande possibilidade de aumento
dos casos na capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana. Além disso, há
previsão de que ocorra a interiorização da transmissão da chikungunya.
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É importante informarmos à população sobre o sinal de alerta. Repelente e
cuidados diários nas residências são importantes. Com dez minutos por semana,
famílias podem se prevenir, mas é preciso que a população se conscientize que
este trabalho de prevenção não deve ser sazonal – afirma o médico.
Estima-se
que 80% dos criadouros encontram-se em residências. O ovo do mosquito pode
esperar até um ano para eclodir. Por isso, mesmo que não esteja chovendo, é
importante fazer a manutenção e controle de possíveis focos.
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O mosquito aedes aegypti é uma espécie urbana, por isso é, sobretudo, dentro de
casa que o combate à doença precisa ocorrer. A participação da população é
primordial para que os casos da doença não se multipliquem. Ações rápidas podem
salvar vidas – ressalta o médico.
Ações
- Ao longo do ano passado, a SES atuou em diversas frentes para combater o
mosquito que também transmite a zika e a chikungunya. A pasta estadual, além de
manter a veiculação de campanhas que mostram à população que ações simples
podem fazer a diferença (como evitar, por exemplo, acumulação de água de chuva
em pneus velhos, vasos de plantas e calhas), adotou medidas como a utilização
de drones em parceria om o Corpo de Bombeiros para identificar focos do
mosquito e direcionar ações preventivas.
A
SES também é a responsável pela capacitação de agentes de endemias municipais.
Já foram capacitados mais de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e
enfermeiros, com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com
sintomas em casos da dengue, chikungunya e zika. Além disso, monitora, em
parceria com as prefeituras, os casos da doença.
Fica
também sob responsabilidade da Secretaria de Saúde os chamados ‘planos de
contingência’, ou seja, os protolocos de atuação adotados para resposta
coordenada entre diferentes instâncias de poder e órgãos nos casos de uma
possível epidemia.
A
SES realizou visitas a unidades de ensino municipais e estaduais no ano
passado. Nos encontros, profissionais da secretaria realizaram atividades
lúdicas demonstrando como a vistoria para acabar com focos em casa deve ser
feita. A equipe também realizou a distribuição de folhetos, revistas com
atividades educativas e checklist de ações semanais de limpeza e prevenção nas
próprias unidades escolares. Também foram realizadas atividades pedagógicas
voltadas ao combate do Aedes com gincanas, produção de textos, apresentação de
teatro e música e exposição.
O
secretário de Saúde, Edmar Santos, informou que vai repassar cerca de R$ 11
milhões aos municípios para o fortalecimento das ações de vigilância e controle
do mosquito. O objetivo do cofinanciamento é garantir a estrutura básica para
que as ações de vigilância e controle do aedes aegypti sejam implementadas
pelos municípios, como compra de veículos, equipamentos e qualificação da
Vigilância Epidemiológica. As visitas domiciliares ficam a cargo das
prefeituras.
Em
2019 foram registrados 32.514 casos de dengue, 1.556 de zika e 86.187 de
chikungunya (com 64 óbitos). Este ano já houve o registro de 3 casos de dengue,
9 de chikungunya e nenhum de zika.
Informações e foto: Imprensa-RJ
Folha da Mnhã
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