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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

ACUSADO DE CRIMES HEDIONDOS EM SÃO JOSÉ DO CALÇADO FOGE DE PENITENCIÁRIA DE VIANA-ES

Hélio Leite Rodrigues, o "Cabeção", e George Gomes Machado escaparam da Penitenciária Agrícola na quinta-feira (10). Eles estavam trabalhando do lado de fora do presídio e não retornaram para a unidade
Dois presos no regime semiaberto saíram para trabalhar dentro do Complexo Penitenciário de Viana, localizado na Região Metropolitana da Grande Vitória, no Espírito Santo, e não retornaram para o presídio na última quinta-feira (10). A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) confirmou a evasão de Hélio Leite Rodrigues, 42 anos, mais conhecido como "Cabeção", preso por homicídio qualificado, e George Gomes Machado, 38 anos, condenado por extorsão e sequestro. Em nota encaminhada para A Gazeta neste domingo (13), Sejus informou que os dois cumpriam o regime semiaberto na Penitenciária Agrícola de Viana. Eles estavam trabalhando na área externa da unidade prisional e não voltaram para as celas no horário programado. Ainda segundo a secretaria, "não há registros de recaptura dos mesmos". 
A reportagem também questionou a Secretaria de Justiça sobre a possibilidade de outros presos terem deixado o presídio e como ocorreu a evasão de Hélio e George, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. 
HISTÓRICO DE CRIMES DE HÉLIO, O CABEÇÃO
Cabeção coleciona processos relacionados a crimes hediondos no município de São José do Calçado, no Sul do Estado, de acordo com levantamento realizado por meio de consulta no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Ele estava preso por ter sido condenado a 18 anos e 9 meses pelo assassinato premeditado, em 2007, de um adolescente no município capixaba.
Assassinato encomendado 
Hélio Leite Rodrigues, o Cabeção, foi condenado, em segunda instância, a 18 anos e nove meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado no Fórum de São José do Calçado, pelo juiz Frederico Ivens Mina Arruda de Carvalho, e contou com um júri popular. 
Cabeção foi considerado culpado pelo homicídio qualificado do adolescente Fagner dos Santos Rocha, de 13 anos, em agosto de 2007. Ele cometeu o crime com Warlen Santos Pereira e a mando de Audifax Barbosa (que morreu durante o processo). 
De acordo com os autos do processo, dias antes do crime acontecer, a vítima teria praticado "ato libidinoso" com o filho de Audifax, que na época também era menor de idade. Audifax, então, ofereceu como recompensa a Hélio a quantia de R$ 600 para matar Fagner. Depois de dias tramando o crime, Cabeção e Warlen foram até um local em que a vítima jogava bola com outras crianças e, lá, deram ordem para que os demais saíssem do espaço. 
Ainda de acordo com o processo, Hélio confessou, na ocasião, à polícia que ele e Warlen levaram Fagner para as proximidades de um barranco. Hélio bateu na cabeça da vítima, que caiu no chão. Depois, pegou um punhal e desferiu dois golpes, atravessado o corpo de Fagner. Em seguida, Warlen pegou o mesmo punhal e desferiu mais quatro golpes no adolescente. 
Cabeção e Warlen foram condenados por homicídio qualificado pelo Código Penal, por motivo fútil; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Assassinato durante festa de emancipação política de São José do Calçado
Cabeção responde a outro processo, suspeito de matar Edmilson de Aquino Baroni em junho de 2007. De acordo com a ação, a vítima teria uma dívida de droga com Hélio. Na noite da festa de emancipação política de São José do Calçado, em 3 de junho, o autor do crime esperou Edmilson atrás de uma árvore em cima de um morro e, quando ele estava passando, o matou com uma arma de fogo, conforme as investigações.
O corpo de Edmilson foi encontrado no dia seguinte, por volta das 8 horas, nas imediações da Rua Elcio Ferreira Tatagiba, conhecida como Rua do Corte. Hélio é acusado de homicídio qualificado por motivo torpe; e traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. 
Ele seria julgado por meio de Tribunal Popular do Júri em fevereiro deste ano. Porém, devido à pandemia do novo coronavírus, o julgamento não ocorreu. Foi remarcado para 29 de setembro, mas também não foi realizado.
Taxista morto e incendiado
Cabeção também é suspeito do assassinato do taxista Adenilson Fonte Boa Pereira, 45 anos. Ele foi morto no dia 13 de agosto de 2007, depois de um assalto. Na época, o Notícia Agora, jornal da Rede Gazeta, relatou o crime. Segundo a reportagem, outras três pessoas estariam envolvidas no homicídio. O taxista foi morto e queimado no carro. O caso ainda não foi julgado.

Fonte: A Gazeta

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