Layne Gaspayme está entre os três primeiros classificados e atribui aprovação à formação proporcionada pelo curso do IFF Bom Jesus
Foram sete anos de experiências e muito aprendizado no Instituto Federal Fluminense. Primeiro o curso técnico em Agropecuária, no então Polo Avançado de Cambuci. Depois, o curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos no IFF Bom Jesus. Mas chegou a hora de a estudante Layne Gaspayme da Silva dizer “até logo” ao campus que chamou de casa por cinco anos. Aprovada para o programa de mestrado em Ciência de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ela em breve trocará a vaga do quarto na moradia estudantil do Campus Bom Jesus por um endereço campineiro.
Segundo Layne, o IFF foi determinante para sua aprovação no processo seletivo do mestrado. As atividades desenvolvidas durante o curso, a participação em projetos e o incentivo de colaboradores e estudantes da instituição foram, para ela, essenciais para sua permanência e envolvimento na graduação, despertando também o interesse pela pesquisa e, consequentemente, pela pós-graduação. Inicialmente interessada por Agronomia ou Medicina Veterinária, ela afirma que o CTA a escolheu. “Me apaixonei pelo curso e pelo projeto desenvolvido no laboratório, sob supervisão da servidora Paula Bastos. Gosto de todas as áreas, mas amo estar no laboratório de microbiologia”, disse. Atualmente a graduanda desenvolve um projeto de Iniciação Científica relacionado ao isolamento de bactérias ácido-láticas na região de Bom Jesus do Itabapoana.
Paula afirma não ter se surpreendido com a aprovação da bolsista. “Acompanho sua atuação acadêmica desde quando ela começou a estudar no IFF Bom Jesus. Muito interessada pela área da microbiologia, sempre esteve presente no Laboratório de Microbiologia de Alimentos e Água ao longo desses anos, seja participando de projetos de pesquisa como voluntária ou bolsista, seja desenvolvendo atividades das disciplinas relacionadas com atividades laboratoriais. Em todo esse período acompanhei sua dedicação e responsabilidade com as atividades com as quais se envolveu, demonstrando sempre grande interesse pelo saber e pelos estudos”, lembra. Para ela, Layne também possui características importantes para a pesquisa: curiosidade e capacidade de iniciativa, além de ter sólidos conhecimentos na área.
Não por acaso, a linha de pesquisa escolhida para o mestrado foi Microbiologia de Alimentos e o plano de Layne é dar continuidade ao estudo feito em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), para o qual foi utilizado óleo essencial de pimenta rosa na produção de chocolate, com o objetivo de avaliar palatabilidade e conservação. “Muitos trabalhos falam sobre o potencial antimicrobiano desse óleo essencial, mas ainda não há um grande número de pesquisas que comprovem essa característica. Desde que comecei a faculdade, a contaminação por microrganismos indesejáveis em alimentos, seja por presença natural ou por contaminação no processamento, é um assunto muito discutido”, comenta. Ela destaca que o interesse pelo uso da pimenta rosa é devido ao fato de ser um produto nativo e cheio de benefícios, que ainda não é muito explorado no Brasil. O consumo é maior na Europa, para onde grande parte da produção brasileira é exportada.
Katia Kawase é a orientadora do TCC de Layne e elogiou o desempenho da estudante ao longo de todo o curso. “É uma aluna de muita personalidade, generosa, representante, inteligente. Sempre esforçada, nunca se abalou com as adversidades e traça perspectivas sempre buscando o melhor. Precisamos de alunos, profissionais e pessoas assim em nosso país”, avalia.
O curso – Apesar de ter escolhido a carreira acadêmica, Layne ressalta que o CTA também oferece oportunidades de preparo para uma boa atuação no mercado de trabalho. “Desde que começamos o curso, já no primeiro contato, os professores nos estimulam a buscarmos mais do que é apresentado em sala de aula. Sempre mostram que precisamos nos preparar para o que queremos e compartilham suas experiências como estudantes e profissionais, que são inspiradoras”, conta. Tão inspiradoras que o exemplo dos docentes foi determinante para traçar seu objetivo profissional: “pretendo um dia voltar ao IFF como professora, porque no CTA aprendi a gostar do ambiente acadêmico, onde podemos conciliar pesquisa e passar o que sabemos para outras pessoas”, planeja. Ela destaca ainda as oportunidades de diálogo com a comunidade e instituições externas ao Instituto, possibilitadas por meio de projetos e ações extensionistas. "Esse contato ensina a ver e valorizar pontos de vistas diferentes", conclui.
por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana
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