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sábado, 13 de fevereiro de 2021

VAZAMENTO DE ÁGUA OLEOSA É DETECTADO EM PLATAFORMA DA BACIA DE CAMPOS

Um vazamento de água oleosa foi detectado, na madrugada dessa quinta-feira (11), na Plataforma Central de Enchova 1 (PCE-1), no mar da Bacia de Campos. A plataforma é operada pela Trident Energy. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), esse é o segundo acidente do tipo envolvendo a empresa em menos de um mês. Embarcações e órgãos ambientais trabalharam para conter o vazamento. A petroleira confirmou, através de nota, que o vazamento ocorreu por volta de 4h. A Trident Energy informou, ainda, que a plataforma "encontra-se em operação e em condição segura.”
“Estima-se que um volume de 0,25m tenha atingido o mar e a companhia prontamente enviou embarcações para o local, com o objetivo de conter e recolher o óleo. Os órgãos responsáveis já foram comunicados do incidente. A Trident está comprometida com a proteção do meio ambiente, das pessoas, das nossas operações, de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável por meio de uma gestão responsável de riscos e impactos ambientais”, completou a empresa.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que durante sobrevoo realizado na quinta foi observado presença de mancha de óleo com aproximadamente 15 milhas náuticas oriunda da PCE-1. “Observou-se também a presença de embarcação efetuando ações de resposta ao evento, ou seja, dispersão mecânica. A empresa Trident encaminhou o respectivo comunicado de incidente no Siema, que é o Sistema Nacional de Emergências Ambientais do Ibama. Somente após as investigações de infração ambiental referente ao acidente registrado, o Ibama decidirá sobre o Auto de Infração", informou o órgão.
Para a FUP, o vazamento é mais um fato que confirma a precarização das operações, da segurança e das condições de trabalho, bem como o aumento substancial dos riscos para o meio ambiente, causados pela privatização de ativos de produção de petróleo e gás natural que a Petrobras tem promovido. “Muitos dos compradores desses ativos são investidores, sem nenhuma experiência operacional no setor, e que estão interessados apenas em obter retorno máximo de seus investimentos em curto espaço de tempo. Com isso, promovem cortes drásticos do que chamam de ‘custos’, quando, na verdade estão reduzindo investimentos essenciais para a operação. O vazamento na PCE-1 é o mais recente exemplo disso”, explicou o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
O vazamento na PCE-1 é o segundo acidente do tipo envolvendo a Trident Energy em menos de um mês. Em 17 de janeiro, houve vazamento na plataforma P-65, no campo de Pampo, também adquirido pela Trident da Petrobras. Segundo a FUP, isso comprova as péssimas condições de operação e trabalho implantadas pela empresa.

Folha 1

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