Recurso de fomento foi obtido por meio de Edital da Faperj e beneficiará alunos dos ensinos fundamental, médio e superior
Quem não teve pelo menos uma pequena dificuldade para aprender algum conteúdo de Física, que atire a primeira pedra. Não é novidade que as fórmulas, cálculos, teorias e conceitos da disciplina assustam muitos alunos, da educação básica aos níveis superiores. Mas esses desafios podem ser superados – e de uma forma bem divertida! O projeto “Alfabetização e educação científica no ensino de física por meio da abordagem STEAM na solução dos desafios atuais da educação básica” tem uma proposta para ajudar nessa missão e receberá R$ 300 mil para isso. O valor será investido em equipamentos, custeio, bolsas de Iniciação Científica e Jovens Talentos para desenvolvimento do projeto.
A proposta é desenvolver o ensino-aprendizagem de Física de forma diferenciada para estudantes da educação básica, utilizando para isso a abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, na sigla em inglês). Essa é uma pedagogia baseada em projetos, que tem por objetivo formar pessoas com conhecimentos diversos, para que desenvolvam diferentes habilidades.
Segundo o coordenador da iniciativa, professor Rodrigo Lacerda, os avanços da indústria 4.0 estão mudando as exigências na formação do profissional no Brasil e no mundo, pois engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem. Por meio das ações previstas para o projeto, “os estudantes poderão interagir com modernos laboratórios para resolver problemas locais e globais na sua diversidade, com base em projetos; discutir e propor soluções científicas. Com os recursos da computação e robótica, a formação se torna mais prática e moderna, colocando o estudante na posição de protagonista de seu aprendizado”, explica o professor. Essa é uma característica do movimento Maker, abordagem pedagógica de aprendizagem ativa em que estudante “aprende fazendo”. Baseia-se, ainda, em um ambiente de colaboração e transmissão de informações entre grupos e pessoas.
Inicialmente, o trabalho será direcionado à formação extracurricular dos estudantes, para potencializar a aprendizado e amenizar os problemas decorrentes da pandemia de Covid-19, que impossibilitou a presença dos discentes na instituição. Com vigência de dois anos, o projeto alcançará comunidades estudantis de variados níveis, internas e externas ao IFF Bom Jesus. O público-alvo vai desde o ensino fundamental II, ensino médio e, como consequência direta, objetiva a melhoria do ensino superior. Outro importante objetivo é o incentivo à presença do público feminino nas ciências e engenharias, tal como o modelo “Meninas na Ciência”, da Fundação Cecierj. “Uma forma de reconhecimento do papel das mulheres na ciência”, explica Rodrigo.
O projeto tem iniciativa do Curso Superior em Engenharia da Computação do Campus Bom Jesus e, além do coordenador, integram a equipe os professores Fabrício Barros e Ianne Nogueira. Foi aprovado pelo Edital 45/2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), cujo objetivo é apoiar iniciativas voltadas à melhoria das escolas da rede pública sediadas no estado por meio de projetos que abordem temas educacionais relevantes.
Fonte: Ascom/NF Noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário