O governador Cláudio Castro (PL) lidera a corrida pelo Palácio Guanabara nas urnas de 2 de outubro, daqui a exatos 73 dias, com 20% das intenções de voto. Mas em empate técnico, no limite da margem de erro, com o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), que tem 14%. Foi o que revelou a pesquisa Ipec (antigo Ibope), feita entre sábado (13) e terça (19) e divulgada hoje, na consulta estimulada sem o ex-prefeito carioca Marcelo Crivella (Republicanos). A pesquisa incluiu o ex-governador Anthony Garotinho (União), pois já estava sendo feita quando ele anunciou na terça que não vai concorrer mais ao Governo do RJ. Na projeção do segundo turno de 30 de outubro, Castro também ficou na frente, mas em empate técnico ainda mais apertado com Freixo: 34% a 33%. Com 1008 entrevistados de 31 municípios fluminenses, a margem de erro da pesquisa Ipec foi de 3 pontos para mais ou menos.
Sem Crivella e com Garotinho, este ficou em terceiro lugar, com 9% das intenções de voto, na consulta estimulada ao primeiro turno. Depois dele vieram o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), com 6%; os professores Cyro Garcia (PSTU) e Eduardo Serra (PCB), com 4% cada; o coronel reformado da PM Emir Laranjeira, com 2%; e o jornalista Milton Temer (Psol) e o deputado federal Paulo Ganime (Novo), com 1% cada. Com números um pouco diferentes, a Ipec divulgada hoje mostrou um quadro muito parecido ao da pesquisa Genial/Quaest divulgada no dia 14, exatamente há uma semana: empate técnico entre Castro e Freixo no primeiro e no, hoje, quase certo segundo turno.
Embora a eleição a governador do Rio de Janeiro esteja claramente polarizada entre Castro e Freixo, como ocorre na eleição presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), diferente desta, não está cristalizada. Entre o petista e o capitão, as pesquisas presidenciais apontam uma diferença muito pequena, às vezes nenhuma, entre a intenção de voto espontânea (sem a apresentação dos nomes dos candidatos) e a estimulada (com a apresentação dos nomes). O que revela o voto cristalizado entre os dois líderes. Já para govenador do Rio, essa diferença ainda é muito grande. Na Ipec, Castro lidera com 12% na espontânea (oito pontos a mesmo que a estimulada), enquanto Freixo fica com 8% (6 pontos a menos que a estimulada). O que revela um voto ainda não cristalizado entre os dois líderes.
Quando a pergunta não é a intenção de voto, mas quem o eleitor fluminense não votaria de jeito nenhum, a Ipec confirmou a Genial/Quaest divulgada há uma semana. E revelam o principal motivo para o União não ter dado a Garotinho a vaga para disputar mais uma vez a governador. No Ipec, o político de Campos também liderou a rejeição, com 48%. Ele foi seguido no índice negativo por Crivella, rejeitado por 39%; Freixo, por 26%; Cyro, por 17%; Temer, por 16%; Castro, por 15%; Laranjeira, por 14%; Serra e Rodrigo Neves, por 13% cada; e Paulo Ganime por 10%. O entrevistado podia citar mais de um nome de candidato em quem não votaria de maneira nenhuma, por isso a soma ultrapassa 100%.
Folha 1/Opiniões
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