Uma das crianças que estava em carro capotado é arremessada para fora e fica estendida na pista, mas aparentemente consciente
Um grave acidente foi registrado na manhã desta segunda-feira (3) na avenida Francisco Lacerda de Aguiar, em Cachoeiro. Dois carros colidiram, um deles capotou. Sete crianças, de 11 meses, 3, 5, 6, 8, 10 e 11 anos, deram entrada no pronto-socorro do Hospital Infantil Francisco de Assis, e estão em observação, sem previsão de alta. Todas as crianças estavam no mesmo veículo, conduzido por um motorista de 31 anos.
A cena é impressionante: os dois carros trafegam no mesmo sentido. Na frente vai um carro de autoescola, conduzido por um motorista de 35 anos. Atrás dele, numa velocidade muito superior, o automóvel que tem adesivo de serviço de transporte por app tenta ultrapassá-lo. Mas a manobra é malsucedida e ocorre a colisão.
A batida na traseira faz o carro da autoescola, desgovernado, subir na calçada de um supermercado que funciona no local. Mas, é o outro veículo que capota na pista e para no meio fio do outro lado. Neste momento, uma das crianças que estava em seu interior é arremessada para fora e fica estendida na pista, mas aparentemente consciente.
O motorista, 31 anos, que transportava as crianças desce. Ao mesmo tempo em que outros motoristas e pedestres correm para socorrê-la. Por sorte, uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) passa no momento e é imediatamente parada para prestar socorro aos feridos.
O que diz o motorista da autoescola
Em contato com jornalismo do Fato, o proprietário da autoescola, Gilberto Lucas, contou que estava dirigindo o veículo quando o acidente aconteceu. Ele afirma que sinalizou devidamente antes de mudar de faixa, mas foi surpreendido pelo outro veículo. "Sinalizei normalmente, mudei de faixa e cheguei a ver um vulto cinza. Até pensei em voltar, mas seria pior", relatou.
O proprietário falou ainda o que sentiu quando viu a criança arremessada para fora do carro. "Quando eu vi aquela criança, chorando, o sentimento foi o pior da face da terra". Após o acidente, o motorista da autoescola foi até o pronto atendimento do Paulo Pereira, onde o outro motorista foi atendido, e em seguida, o levou até o Hifa, onde as crianças estão.
O que diz a empresa de transporte por app
Em nota, a empresa de transporte por aplicativo informou que "esse motorista em específico não estava em corrida pela Ubiz Car, estava levando seus filhos para escola, então não podemos falar nada a respeito, pois não nos compete. O uso da logomarca no carro, são ações de marketing e segurança que, inclusive em meio a tudo isso, ajudou a identificar o motorista mais rápido e a prestação de socorro mais precisa".
A nota segue dizendo: "Nós somos uma plataforma de tecnologia, intermediadora entre motoristas e passageiros. Os carros não são afiliados, são cadastrados e são particulares de cada motorista. Nosso cuidado e responsabilidade é com os passageiros durante as corridas pela plataforma, fora disso não somos nem podemos ser responsáveis pelo que cada um faz com seu veículo. Por isso, frisamos sempre a importância do passageiro baixar o aplicativo, a corrida é assegurada, monitorada e etc. Aqui em Cachoeiro as pessoas estão com um costume totalmente errôneo, de solicitar um carro direto no WhatsApp do motorista, fazendo parte de um crime chamado corrida clandestina. Nossa plataforma traz algumas soluções, desde o treinamento e conscientização dos parceiros do quanto é importante andar conforme a Lei solicita, a entregar na plataforma uma forma mais segura para que todos os clientes andem com maior segurança possível", finaliza.
Jornal Fato
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