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sexta-feira, 29 de março de 2024

SECRETARIA DE SAÚDE FAZ ALERTA PARA O PERIGO DA LEPTOSPIROSE

O contato com água de enchente ou enxurradas pode trazer várias doenças. Um das mais perigosas, que pode ser fatal, é a leptospirose. Por isso a Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro, junto com a Secretaria Municipal de Saúde, alerta as pessoa que foram atingidas pela chuva intensa que caiu em Bom Jesus do Itabapoana no último sábado (23/03).
A zoonose é causada pela espiroqueta Leptospira interrogans e possui diversos sorogrupos. Ela é transmitida ao homem pelo contato com água contaminada por urina de animais infectados, principalmente roedores e cães, assim como pelo contato com sangue, urina ou secreções contaminadas.
A leptospirose se caracteriza por inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos e, nas formas mais graves, pode resultar em choque séptico e disfunção de vários órgãos. A infecção pode não causar sintomas, ter quadros leves ou formas mais graves, de elevada letalidade. O período de incubação é de 5 a 15 dias, com extremos de 1 a 24 dias.
Existem várias formas clínicas da doença. Elas têm alguns sintomas comuns e outros específicos: a forma anictérica pode causar febre, dores de cabeça e musculares, conjuntivite, náuseas, vômitos, diarreia, aumento do volume do baço ou do fígado, distúrbios mentais, tosse e erupções da pele. Após cerca de uma semana a doença recrudesce, com sintomas similares acrescidos de localizações, como inflamação do cérebro, das meninges e nos olhos.
Na forma anictérica grave os sintomas e sinais são semelhantes, porém com quadros acompanhados de coma, hemorragias, insuficiência renal aguda, inflamação do miocárdio, choque e insuficiência respiratória aguda por síndrome da angústia respiratória (SARA) e hemorragia pulmonar.
Por fim, a forma ictérica tem todos os sintomas e sinais das anictéricas, porém, sem definição clara de fases e sempre acompanhados de disfunções orgânicas, como doença no fígado com icterícia (pele e olhos amarelos), insuficiências: renal aguda, respiratória aguda hemorragias diversas, alterações no ritmo do coração, choque, arritmias cardíacas e coma.
Para definir um caso suspeito, os profissionais de saúde devem observar se o indivíduo apresenta sinais e sintomas de processo infeccioso inespecífico com antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores à data de início dos primeiros sintomas.
Atenção também para os pacientes com febre de início súbito, dores musculares ou de cabeça, mal-estar e/ou prostração, associados a um ou mais dos seguintes sinais: conjuntivite, náuseas e/ou vômitos, calafrios, alterações do volume urinário, icterícia, hemorragias e/ou alterações de fígado, de rins ou circulatórias compatíveis com leptospirose ictérica (Síndrome de Weil) ou anictérica grave.
Os antecedentes epidemiológicos são: exposição a enchente, lama, esgoto e fossas; atividades que envolvam risco como coleta de lixo, limpeza de córregos, trabalho em água ou esgoto, manejo de animais, agricultura em áreas alagadas, entre outras. A presença de animais infectados nos locais frequentados pelo paciente é outro fator.
Não use nenhum antibiótico por conta própria. A família deve prestar a atenção aos sinais e sintomas que podem ser da leptospirose e procurar atenção médica imediatamente. Apenas com orientação e supervisão de um médico os antibióticos devem ser iniciados para os casos suspeitos de leptospiroses, inclusive para as formas anictéricas.
Ascom PMBJI

Redação News BJI

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