Há cerca de cinco meses sem receber, os proprietários de veículos que transportam alunos da rede estadual de ensino, pararam suas atividades na manhã desta quarta-feira (18), em Natividade, deixando dezenas de alunos à pé. Na cidade, são sete motorista, que trabalham em Kombis, ônibus e vans, que reclamam que nem mesmo uma satisfação receberam da Secretaria Estadual de Educação, contratante do serviço.
- Quando ameaçamos parar no início do mês, prometeram pagar, mas até agora já passaram cerca de 15 dias e nem se manifestaram. Não temos mais como arcar com os custos. Pedimos a compreensão dos pais, pois a situação chegou ao seu limite, – disse um dos profissionais, durante contato com a redação da Rádio Natividade.
Os veículos da Prefeitura de Natividade, onde as rotas coincidem, estão dando “carona”, aos alunos do estado, agravando ainda mais a situação de superlotação dos coletivos pertencentes ao município. No entanto, há casos onde os horários e percursos não são os mesmo e os estudantes, são obrigados a caminhar quilômetros. É o caso de uma dona de casa, que também procurou a emissora para se queixar.
- Moro no Parque Lajinha e meus filhos, de sete, oito e nove anos, estudam no CIEP, que fica muito distante da minha casa. Hoje não teve transporte e eles, tiveram que ir à pé. Queremos uma solução, – protestou.
MOTORISTA AMEAÇARAM GREVE NO MÊS PASSADO (Matéria publicada em 04/03):
A crise financeira, que se abateu sobre o Estado do Rio de Janeiro, começa a se refletir na qualidade dos serviços prestados no interior. Prova disso é que os profissionais responsáveis pelo transporte de estudantes da rede estadual de ensino em Natividade, ameaçam paralisar suas atividades nos próximos dias por falta de pagamento.
No município são sete motoristas, proprietário de kombis, vans e ônibus, que estariam há cerca de quatro meses sem receber pelos serviços prestados. Muitos deles, que tem nesta função, sua única fonte de renda, já começam a passar por graves dificuldades financeiras.
- Desde novembro que o estado não paga sequer um único centavo. As férias terminaram, voltamos a realizar o serviço e por enquanto, nada. Não tenho mais como segurar as despesas. Vivo deste trabalho e há quatro meses, não consigo fazer compras regulares para minha casa. Meu nome já está no SPC/Serasa, não tenho mais crédito no posto de combustível, não tenho com abastecer e a prestação da minha kombi, está atrasada há mais de dois meses. É uma covardia o que fazem com o trabalhador, – destaca um dos prestadores de serviço, que por medo de represálias, pediu para não ter o nome citado.
Outro ponto levantado pelos profissionais, seria relacionado à defasagem na tabela do quilômetro rodado, sem reajuste há vários anos. De acordo com as regras atuais, o valor pago seria de R$ 1,30 para veículos leves, não passando dos R$ 1,75 para os ônibus.
Da redação da Rádio Natividade