A falta de chuva no Brasil, além de problemas no campo, também deve afetar o bolso com aumento da tarifa elétrica em novembro, que pode ficar no patamar 2. Isso significa que serão cobrados R$ 3,50 a cada quilowatt consumido. O assunto será tema de reunião da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira. Na reunião, a agência deve lançar uma consulta pública para decidir a forma como as bandeiras tarifárias serão acionadas. No Estado do Rio, nas regiões Norte e Noroeste o mapa dos municípios que já decretaram situação de emergência devido à estiagem aumenta a cada semana. Dos 18, já são 11 municípios nessa situação, segundo a coordenação da Defesa Civil Estadual que atua na área.
No caso do aumento no preço da luz, o modelo atual leva em conta o valor do custo marginal de operação para o próximo mês. Se chover muito nos próximos dias, o modelo toma essa precipitação para definir o valor futuro, mesmo que as chuvas diminuam. A Aneel ainda estuda a possibilidade de considerar o nível de armazenamento dos reservatórios no valor da tarifa.
Hoje, o sistema de bandeiras tarifárias conta com quatro patamares: verde, amarelo, vermelho 1 e vermelho 2, que aplicam nas contas de luz cobrança extra que varia de R$ 2 a R$ 3,50 a cada 100 kWh de energia consumidos.
Neste mês de outubro, devido à seca e ao forte uso das termelétricas, está em vigor a bandeira vermelha 2 e os consumidores do país estão sendo obrigados a R$ 3,50 para cada 100 kWh.
Situação dramática — Os prefeitos dos municípios de Bom Jesus de Itabapoana, Cardoso Moreira, Italva, Itaocara, Laje do Muriaé, Miracema, Santo Antônio de Pádua, São Fidélis, São João da Barra, São José de Ubá e Varre-Sai já decretaram emergência para receber ajuda do governo federal, através do Ministério da Integração Nacional. De acordo com o secretário de Agricultura de São Francisco de Itabapoana e vice-prefeito, Cláudio Henriques, até esta quarta-feira o município deve terminar a juntada de documentos necessários para tomar a mesma medida.
No Ministério da Integração já consta a homologação dos pedidos dos municípios de Bom Jesus, Itaocara, Laje do Muriaé, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São Fidélis. “A ajuda é humanitária. A União reconhecendo pode depositar dinheiro para aluguel de caminhão pipa, por exemplo. Outra grande ajuda é aliviando nos empréstimos aos produtores rurais, com renegociação de dívidas”, disse o coordenador regional da Defesa Civil do Norte e Noroeste do Estado, Joelson Oliveira.
Folha1