Tem equipamento de vários tamanhos e para todos os gostos, mas quem usa garante paz
Bebida gelada, música tocando nas caixas de som, amigos reunidos… Essa combinação é fácil encontrar nas areias das praias da Grande Vitória. De uns anos para cá, virou hábito que os praieiros levem sua própria caixa de som para escutar música, fazendo com que a praia vire quase uma boate. E tem caixa para todos os gostos e tamanho: desde as pequenas até as maiores, com volume mais alto. A lista de músicas varia, mas funk, pagode e sertanejo têm lugar cativo.
Os adeptos das caixas de som garantem que a curtição acontece na paz, sem atrapalhar quem está na barraca ao lado – estejam eles com caixa de som também, ou não. Nesta terça-feira (25), a vendedora Marley Ferreira de Paula esteve na badalada praia de Beverly Hills, em Itapoã, Vila Velha, e como faz durante todo o verão, levou sua caixa de som, que é uma das grandes, diga-se de passagem.
“Quando chegamos, tinha umas pessoas perto da gente ouvindo música. Conversei com eles e combinamos de deixar só a minha, que é maior, tocando para os dois grupos”, explica a vendedora que foi à praia junto com outros amigos.
Os amigos Peter Grossmann, Marcelo Pinheiro e Rafael Matos também vão para a praia com caixa de som. O dono do equipamento é Peter, que lembra ter comprado uma caixa menor e hoje já leva uma mais potente. Ele, assim como Marley, garante que não rola mal-estar com os vizinhos de guarda-sol. “A caixa tem som direcionado, então não vai muito longe e, mesmo assim, a gente ainda conversa com a pessoa que está do lado, vai combinando…”, relata.
Até petiscos
Para dar ainda mais o ar de reunião entre amigos, os praieiros ainda levam caixas térmicas com bebidas geladas, além de petiscos. Com tudo isso, eles só vão embora junto com o sol.
“A gente traz tudo! Várias bebidas, petiscos, salgadinhos, nossas cadeiras e guarda-sol. Sempre estamos com muitos amigos e passamos o dia na praia. Teve dia de sairmos às 20h”, lembra Marley.
Já Peter fala que a caixa de som acaba fazendo com que o grupo vire ponto de encontro dos colegas. “O legal é sentar na sombra, curtir o som e sempre chega algum conhecido também, que senta para bater papo. Há dois anos trago o som pra praia e nunca tive problemas”, finaliza.
SOM ALTO PROIBIDO NO INTERIOR
No Norte do Estado, prefeituras proibiram o som alto dos carros. Em Linhares, por exemplo, o secretário municipal de cultura, turismo, esporte e lazer, Ivan Salvador Filho, informou que por solicitação da população, a gestão municipal determinou a proibição do som alto dos veículos tanto em via pública como em local reservado.
“O barulho muito alto dos carros estava atrapalhando a comunidade e afastando os turistas dos balneários”, informou.
Já na entrada das praias, a prefeitura afirmou que os agentes da Guarda Civil municipal farão uma ação educativa com entrega de panfletos orientando sobre poluição sonora. Os carros flagrados com som acima de 70 decibéis poderão ser multados em valores que variam de R$ 1,5 mil a R$ 7 mil. Além disso, o veículo pode ser apreendido.
Em Aracruz, de acordo com a prefeitura, som alto esta proibido em toda a extensão do litoral do município. A Secretaria municipal de Meio Ambiente disse que atua através de denúncias e faz a medição do som. Nas praias da Grande Vitória também é proibido carros com som alto.
Gazeta Online