imagem Ilustrativa/ReproduçãoUma boa notícia para os municípios do interior do estado do Rio de Janeiro: o governador em exercício Cláudio Castro anunciou que não vai priorizar a capital do estado na distribuição da vacina contra a Covid-19, apesar de o Ministério da Saúde ter afirmado, nessa quarta-feira (13), que a vacinação começaria pelas capitais do país. De acordo com Castro, o Governo do Estado já prepara um plano para que as aeronaves da sua frota levem as vacinas aos 92 municípios do Rio — a princípio, no mesmo dia — assim que elas forem entregues pelo governo federal.
Em nota, o Governo do Estado informou que Cláudio Castro pretende distribuir a vacina para todas as cidades do estado assim que receber o imunizante do governo federal. “De acordo com o planejamento, para que nenhum município fique para trás, Castro colocou à disposição todas as aeronaves do governo. Oito milhões de agulhas e seringas começarão a ser distribuídas aos municípios a partir deste sábado. Um segundo lote, com mais oito milhões de insumos, chegará até o início de fevereiro. Os 16 milhões de kits vão garantir a primeira fase do plano de vacinação”.
— Eu não vou dar para a capital primeiro. Todas as aeronaves do estado estão à disposição para que cada uma das 92 cidades receba proporcionalmente a parte que lhes cabe, no dia que chegar a vacina — afirmou Cláudio Castro, destacando, ainda, que o governo estadual vai entregar também seringas e agulhas para que os municípios possam promover a vacinação imediatamente.
Neste sábado (16), a secretaria de Estado de Saúde dará início à distribuição do primeiro lote de seringas para a campanha de vacinação contra Covid-19. Ao todo, nesta primeira fase, serão enviadas 5,5 milhões de seringas descartáveis de 3 ml com agulha aos 92 municípios do estado. Os lotes serão entregues aos municípios pela Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) de forma escalonada até o dia 22 de janeiro. O Governo do Estado já tem 8 milhões de unidades dos insumos armazenados em um galpão em Niterói.
Nessa quarta-feira (13), a subsecretaria de Vigilância em Saúde encaminhou aos secretários municipais de Saúde um ofício recomendando que as seringas sejam de uso exclusivo da campanha de vacinação contra Covid-19. O material corresponde ao mesmo número de doses que serão necessárias para imunizar a população que se encaixa nas quatro fases iniciais da vacinação.
Fases da vacina
> A primeira fase prioriza os trabalhadores da saúde, a população idosa a partir de 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena;
> A segunda fase inclui pessoas de 60 a 74 anos;
> A terceira fase prevê a vacinação de pessoas com comorbidades e, por isso, maior risco de agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares);
> A quarta fase abrangerá professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
População
As quatro fases juntas contabilizam 5.454.912 habitantes. Na primeira fase, serão cerca de 811.235 idosos acima de 75 anos; 545.197 trabalhadores da saúde; 339 indígenas e 10.892 mil idosos em instituições de longa permanência (1.367.663 pessoas, ao todo). Na segunda fase, teremos cerca de 2.181.861 de idosos na faixa de 60 a 74 anos. Na terceira, cerca de 1.666.259 de pessoas com comorbidades. Na quarta fase, 97.225 professores; 92.205 profissionais das forças de segurança pública e salvamento; 991 funcionários do sistema prisional e 48.708 privados de liberdade.
Folha da Manhã
