A Polícia Federal em Campos abriu um inquérito para apurar suposto esquema de corrupção eleitoral envolvendo pastores em troca de apoio político. A denúncia, apresentada pelo ex-vereador Thiago Virgílio (Agir), aponta áudios de um grupo de WhatsApp que mencionam que líderes religiosos estariam recebendo pagamentos mensais em troca de apoio às campanhas da Delegada Madeleine e do vereador Marquinho Bacellar, ambos do União Brasil. Em nota, Madeleine diz desconhecer qualquer denúncia ou investigação em curso. Marquinho também informou que não foi notificado pela PF.
Segundo a denúncia, os áudios tornaram-se públicos no dia 25 julho deste ano, no entanto o suposto esquema estaria acontecendo desde janeiro. A denúncia diz, ainda, que o suposto esquema consistiria no pagamento de uma espécie de "mesada" apelidada de "documento" que seria entregue todos os meses entre os dia 10 e 15. Em um dos áudios, um dos pastores do grupo do WhatsApp informou que alguns membros do grupo estavam sem receber o “documento” desde janeiro.
A denúncia destaca também que um dos denunciados seria responsável por buscar o "documento" com os pré-candidatos para posterior entrega ao suposto coordenador do esquema, que seria um pastor e estaria incumbido de fazer a distribuição entre os eleitores que já teriam comprometido seus votos.
Caberá à Polícia Federal investigar o suposto envolvimento dos líderes religiosos e dos políticos no esquema. O inquérito foi aberto pelo delegado Anderson Barcelos de Azevedo. Em nota, a PF informou que não divulga informações sobre eventuais investigações em andamento.
Sobre a situação, a Delegada Madeleine disse o seguinte: "Desconheço qualquer denúncia ou investigação em curso. Nos chama atenção que sites ligados diretamente ao governo local sejam os primeiros a divulgarem este tipo de conteúdo com informações desencontradas para confundir o eleitor. Fato é que estamos nas ruas, a minha candidatura é a que mais cresce e isso assusta meus adversários e tentam atacar a minha imagem com informações desse tipo".
Já Marquinho Bacellar declarou que: "Não fomos notificados pela Polícia Federal acerca da denúncia. Na nossa visão, o assunto mais parece politicagem baixa de quem não está preparado para lutar democraticamente nesta eleição".
Folha 1
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