É com profundo pesar que noticiamos o falecimento, na noite de ontem, do desembargador Antonio Izaías da Costa Abreu, filho de Edgar Teixeira Abreu e Maria Aparecida da Costa Abreu.
Nascido em Bom Jesus do Itabapoana, fez aqui os primeiros estudos. Os cursos ginasial e técnico de contabilidade foram realizados no colégio Bittencourt, em Itaperuna (RJ). Estudou o curso científico no Colégio de Pádua em Santo Antonio de Pádua (RJ).
Foi professor da Escola Técnica de Comércio do Colégio Rio Branco, em nosso município.
Formado em direito pela Universidade Católica de Petrópolis em 1964, foi professor na mesma Universidade no período de 1974 a 1991, ministrando as matérias de direito civil e penal.
Magistrado, por concurso público de provas e títulos do Estado do Rio de Janeiro, ingressou na carreira em 28 de junho de 1972.
Foi juiz de direito nas comarcas de Laje do Muriaé, Itaperuna, Campos dos Goytacazes, Niterói, Petrópolis e na comarca da capital do Rio de Janeiro, onde ocupou a titularidade da 23ª Vara Criminal. Foi juiz auxiliar da Corregedoria de Justiça no biênio 1985/1986.
Ingressou no Tribunal de Alçada Criminal (TACRIM), em 1988, sendo promovido para o Egrégio Tribunal de Justiça no dia 15 de abril de 1997, onde teve assento e ocupou a presidência da 8ª Câmara Criminal, aposentando-se por força do dispositivo constitucional do limite de idade, em 02 de março de 2002.
Desempenhou, ainda, o cargo de Diretor da Revista ATA do Tribunal de Alçada Criminal do Estado do Rio de Janeiro, de 1995 a 1997.
Era membro das seguintes entidades culturais: Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais “Casa de João Pinheiro”; Instituto Histórico de Petrópolis; Academia Petropolitana de Letras; Academia Petropolitana de Educação; Academia Petropolitana de Letras Jurídicas; Academia Bonjesuense de Letras; Instituto de Letras e Artes Dr. José Ronaldo do Canto Cyrillo; Academia Paduana de Letras; Artes e Ciências; Academia Itaocarense de Letras; Associação dos Juristas Católicos do Rio de Janeiro; Société Internationale de Prophylaxie Criminelle, Paris, França. Membro e Consultor Jurídico da Associação Cultural do Arquivo Nacional (ACAN) e membro da Comissão Permanente de Preservação da Memória Judiciária – Museu da Justiça.
Realizou os documentários cinematográficos: Ruínas de Macacu e do Convento São Boaventura – VHF (1988), O Quilombo de Paty do Alferes – VHF (1988), O Retorno da Princesa – DVD (2010), Convento de São Boaventura – Macacu - DVD (2011).
Publicou os seguintes trabalhos literários: O linguajar do marginalizado (1983); Quilombos em Petrópolis (1988); A morte de Koeler, a tragédia que abalou Petrópolis (1992); Municípios e Topônimos Fluminenses (1994); Julio Frederico Koeler – O Arquiteto (1996); Ternas Recordações, poesias (2001); Posse acadêmica e homenagem (2005); Palácios e Fóruns do Estado do Rio de Janeiro (2006); O Judiciário fluminense – período republicano (2007); O Judiciário Fluminense e suas Comarcas – capital e interior (2008) e Relação do Rio de Janeiro, 1752-2002 – coordenador (2002); A Colonização do Sudeste - A Prevalência Italiana (2015); "OBRAS COMPLETAS DE RUI BARBOSA, Prefácios, notas e revisões por JOSÉ GOMES BEZERRA CÂMARA", Prêmio Funager (2015); "O que vi e ouvi" (2017); " O humor e o riso em versos livres" (2019).
Agraciado com inúmeros títulos e comendas, o desembargador, historiador, produtor de documentários e poeta Antonio Izaías da Costa Abreu era um homo universalis e é um orgulho dos bonjesuenses.
Trata-se de uma perda inestimável para todos nós! Que Deus console a todos os familiares e amigos!
O Norte Fluminense