Cada um teria recebido R$ 1.250 pelo crime Eram 18h da última quinta-feira (02) quando uma patrulha da Polícia Militar suspeitou de um Volkswagen Voyage branco, sem placa, em alta velocidade na Rodovia RJ-238, em Campos dos Goytacazes. O cabo Gabriel dos Santos da Silva Mendes, do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV), começou, então, a perseguir o veículo e conseguiu interceptá-lo em uma estrada de terra. No carro, estavam Dayson dos Santos, de 21 anos, e Fabiano Conceição da Silva, de 20. Depois de revistados, nada ilegal foi encontrado.
O policial descobriu que o veículo, que está com o licenciamento atrasado desde 2019, pertence à mãe de Dayson. No fim da abordagem, o cabo ainda fotografou os jovens antes de liberá-los. Três horas depois, os dois executaram a engenheira Letycia Peixoto Fonseca, grávida de oito meses, de acordo com a Polícia Civil. Cada um teria recebido R$ 1.250 pelo crime. A informação é do site Extra.
Cinco tiros
Dayson e Fabiano foram abordados a apenas 11 quilômetros do local onde Letycia e a mãe dela, Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, foram baleadas. Câmeras de segurança gravaram o crime: a engenheira foi morta com cinco tiros na Rua Simeão Schremeth, no bairro Parque Aurora, às 20h58. As duas, acompanhadas de uma outra parente, chegavam em casa de carro, com a vítima ao volante, quando dois homens numa moto se aproximaram. A investigação mostra que Fabiano Conceição estava na garupa e atirou. Ao ver a filha baleada, Cintia foi em direção ao atirador e acabou atingida na perna esquerda. As duas foram levadas pela família para o Hospital Ferreira Machado, mas Letycia morreu ao chegar à unidade. Hugo, filho da engenheira, nasceu com vida, mas só resistiu algumas horas.
‘Já morreu?’
Em seu depoimento na 134ª DP (Campos), ao qual O GLOBO teve acesso, Cintia afirma ter estranhado o fato de Diogo Viola de Nadai, de 37 anos, companheiro de Letycia, não ter ido visitar o filho. Ela contou ainda ter ouvido da acompanhante de um outro paciente que um homem grande com as características de seu genro teria perguntado sobre Letycia na porta do hospital: “Já morreu? Já morreu?”
Professor de Química do Instituto Federal Fluminense (IFF), Diogo de Nadai está preso temporariamente desde anteontem, mas nega qualquer envolvimento no crime. No pedido de prisão, a delegada Natália Patrão diz que ele foi o mandante da execução. A decisão foi baseada em depoimentos e no fato de o companheiro ter, no dia do crime, consultado na internet como apagar o histórico do celular.
Fonte: Extra