Policiais Civis da 135ª Delegacia Legal de Itaocara, junto com o Delegado Dr Ronaldo Cavalcante, prenderam na tarde desta segunda-feira (29) o padrasto indiciado pelo estupro da própria enteada, que é deficiente. Devido aos abusos, a vítima acabou engravidando e deu à luz a uma criança. Os abusos ocorreram na própria casa alugada pela família, na Rua Adalberto Ferreira Dias, entre o Centro e o bairro Caxias. Já o padrasto foi encontrado na casa de sua mãe, no bairro Eucalipto. Ele e a companheira haviam deixado a residência dias após o caso ter sido descoberto pela Polícia Civil e Conselho Tutelar. Com as investigações realizadas pela Delegacia e resultados dos exames de corpo de delito e DNA, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva para Alcinei Faria da Silva, de 47 anos. Na rua moradores não quiseram se identificar, mas relataram que não desconfiavam do caso até o nascimento da criança, uma vez que a deficiente ficava acamada e era mantida dentro da casa. Em 2015, o Conselho Tutelar já havia ido até a residência e encontrado a vítima com sinais de maus-tratos, sendo ela encaminhada para o Hospital Municipal de Itaocara. No entanto, a vítima voltou para a mesma casa. "Moro aqui há quatro anos e sempre escutei a menina gritar algumas vezes, mas pensava que era por conta da deficiência dela, jamais poderia imaginar tamanha crueldade. Acho que todos aqui pensavam o mesmo e nem desconfiaram dos estupros", comentou um morador da rua. Os vizinhos só notaram algo estranho quando a companheira de Alcinei apareceu com uma criança recém-nascida, há cerca de um mês. Como ela não sabia explicar de quem era a criança, o Conselho Tutelar acabou sendo acionado para o caso e encontrou a recém-nascida com sinais de desnutrição. A menina deficiente também estava com os seios inchados, com fortes indícios de lactante. A criança e menina deficiente foram encaminhadas para o Hospital de Itaocara. Após serem liberadas da unidade de saúde, a menor foi transferida para um abrigo, enquanto que a menina foi encaminhada para um asilo. O fato foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. A 135ª Delegacia Legal de Itaocara abriu um inquérito para investigar o caso. Os agentes da Delegacia solicitaram exame de DNA, tendo o resultado comprovado que o pai da criança era Alcinei, o padrasto da menina deficiente. O exame de corpo de delito apontou que os abusos vinham ocorrendo há um bom tempo. Indiciado por estupro de vulnerável, o padrasto foi preso numa operação da Polícia Civil de Itaocara no final da tarde de ontem. Ele depôs nesta manhã e foi encaminhado para a Casa de Custódia de Itaperuna, onde permanecerá à disposição da Justiça. Se condenado, o padrasto poderá pegar até quinze anos de reclusão. Segundo a Polícia Civil, Alcinei já tem passagens por outros crimes, como lesão corporal e homicídio tentado. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o Delegado também solicitou a prisão preventiva da companheira de Alcinei. Ela é suspeita de ter ajudado o padrasto a estuprar a própria filha, além de ter omitido o caso. A Justiça não havia concedido mandado de prisão por entender que há poucos indícios contra a mãe da vítima, no entanto, o Delegado reiterou o pedido de prisão preventiva após novos depoimentos do padrasto.
Fonte Folha Itaocarense