A polícia aponta para um grupo de jovens às margens do Rio Itabapoana, em Bom Jesus do Norte, que faz a divisa do Sul do Estado com o Rio de Janeiro. Naquele trecho, durante o período de seca, as partes mais rasas são utilizadas para a travessia de pedras de crack. Na mesma cidade, uma apreensão da droga veio com uma recomendação no saquinho: “O Ministério da Saúde adverte: esta droga mata”.
São exemplos de que tanto nos grandes centros quanto no interior, as atividades do tráfico são pontuadas por audácia.
Rota
Bom Jesus, segundo a polícia local, está na rota das drogas, até por sua proximidade com outros centros cariocas, como Itaperuna e Campos, sem contar os acessos a outras cidades capixabas, como Cachoeiro, Guaçuí e Guarapari. “Aqui lançam mão de táxi, ônibus, barco, mulas. Atravessam o rio até durante o dia”, relata o investigador Cláudio Gualandi.
A ligação com o Rio é garantida por duas pontes e uma passarela localizada em um bairro com alto problemas de venda e uso de drogas. Até durante o dia, percorrendo as ruas, é possível identificar a movimentação do tráfico. Num bairro próximo chegaram a pintar nas ruas que a polícia iria morrer.
A região onde os jovens estavam fica na área rural. Com a aproximação da polícia os grupos começaram a se dispersar. “Já devem ter se desfeito de tudo”, observou o policial ao se referir à droga que possivelmente estava sendo transportada.
Um empreendimento de lazer na mesma região acabou sendo fechado em decorrência da movimentação do tráfico. “Contamos com a ajuda da polícia do Rio, mas não é possível estar em todos os pontos da divisa”, destacou o investigador.
Fonte: gazetaonline
Texto: Vilmara Fernandes
Foto: Carlos Alberto Silva
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