Após denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o Juízo da 1ª Vara Federal de Campos (RJ) condenou os donos do Sítio Angelim, no município de São Fidélis, à prisão por manter quatro pessoas sob condições de trabalho análogas à escravidão, por mais de 12 anos.
Paulo Cezar Azevedo Girão foi condenado a 10 anos e 6 meses, enquanto seu filho, Marcelo Conceição Azevedo Girão, deverá cumprir pena de 7 anos e 6 meses. Já o capataz Roberto Melo de Araújo foi condenado a 7 anos de reclusão.
De acordo com a denúncia do MPF em Campos, o pai foi o responsável pela contratação das vítimas, com a promessa de salário mensal. O filho teve a função de auxiliar o pai na administração do sítio e atuava diretamente na exploração do trabalho escravo.
O capataz do sítio seria o responsável por manter os trabalhadores sob controle, com ameaças e agressões físicas, caso tentassem fugir. Durante os 12 anos que o crime foi praticado, as vítimas recebiam alimentação inadequada, dormiam em um quarto trancado e eram obrigadas a viver em condições subumanas.
O caso só foi descoberto após uma das vítimas ter conseguido fugir do sítio e procurar a 141ª Delegacia Legal de São Fidélis. No dia seguinte a fuga, uma operação envolvendo Policiais Civis de São Fidélis e Campos, foi montada para resgatar os demais prisioneiros.
SF Noticias.
Fotos: Vinicius Cremonez e Carlos Grevi (Ururau).
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