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sábado, 26 de dezembro de 2015

PAI MATA FILHO DURANTE DISCUSSÃO DE FAMÍLIA NO ALMOÇO DE NATAL


Foto/Divulgação.
Um almoço de Natal terminou em tragédia no interior de Água Doce do Norte, no Noroeste do Estado. Um pai confessou à Polícia Civil ter matado o próprio filho com um tiro no peito, durante uma discussão de família. O crime aconteceu no distrito de Governador Lacerda de Aguiar, conhecido como Rio Preto.
Segundo o delegado plantonista de Barra de São Francisco, Douglas Trevizani Sperandio, a confusão começou após o almoço de Natal, quando Francelino José de Oliveira, 72 anos, passou a bater no neto de 11 anos e o ex-cunhado foi defender o menino.
"O neto estava brincando com a criação de pintinhos. O avô viu um pintinho morto e pensou que o menino havia matado o animal. Francelino, então, começou a bater no menino. O ex-cunhado foi defender a criança e entrou em luta corporal com Francelino".
Depois disso, de acordo com o delegado, o filho de Francelino, Valtair José de Oliveira, 31 anos, e a esposa tentaram separar os dois e conseguiram. Mesmo assim, Francelino falou que queria matar o ex-cunhado, entrou em casa e pegou a espingarda.
"Nesse momento o rapaz foi embora. O filho falou com o pai que ele estava errado e que o neto não tinha feito nada com o animal. Francelino acabou puxando o gatilho e atingiu o filho no peito", disse Sperandio.
Valtair chegou a ser socorrido para o Hospital Doutora Rita de Cássia, em Barra de São Francisco, mas não resistiu aos ferimentos.
Além de atirar no próprio filho, o pai teria dificultado o socorro da vítima. Segundo o delegado, a esposa disse que, logo após o disparo, Francelino apontou a espingarda para os familiares, impedindo que o filho fosse socorrido. "Só foi possível o socorro porque foi aglomerando gente e Francelino acabou fugindo".
O suspeito foi detido no mesmo dia com a espingarda usada no crime. Segundo a Polícia Militar, Francelino estava escondido dentro de uma matinha, próxima ao local conhecido como "pinicão".
Ele não resistiu à prisão e foi levado inicialmente para o mesmo hospital que o filho foi socorrido, pois apresentava algumas escoriações. Ele disse à Polícia Militar que foram decorrentes das agressões feitas pelo ex-cunhado e pelo próprio filho.
Ele foi autuado por homicídio qualificado, com base em motivo fútil e por ter impossibilitado a defesa da vítima, e por posse de arma de fogo. Na casa dele, a polícia encontrou mais duas garruchas.
O suspeito será transferido para o Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte na tarde deste sábado. A pena máxima para os crimes pode chegar a 33 anos de prisão. 

A Gazeta

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