Foto: 3ª Cia em Bom Jesus do Norte.
O movimento de mulheres, parentes e amigos de militares que deixou o Espírito Santo sem policiamento nas ruas no sábado (04) deve continuar até segunda-feira (06), com bloqueio da saída de viaturas dos batalhões.
Na segunda, acontece a reunião entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e os manifestantes, que reivindicam principalmente melhores salários e condições de trabalho. A negociação está marcada para às 13 horas, no Palácio Anchieta.
Uma tentativa de negociação entre as esposas dos militares e o secretário de Segurança, André Garcia, foi feita ontem, mas sem resultados. “Tentaram empurrar a gente com a barriga. Todos os batalhões vão continuar fechados até segunda”, disse a enfermeira Leide Rodrigues, 45, casada há 30 com um militar.
“Não chegamos a um acordo porque quem estava ali não tinha poder de decisão. E as esposas dos policiais vão manter o movimento”, completou o major Rogério Fernandes Lima, presidente da Associação de Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes), que também participou da reunião de ontem.
De acordo com o Código Penal Militar, os policiais são proibidos de protestar, fazer greve ou paralisação. A pena para o PM que tomar parte em atos desse tipo pode chegar a dois anos de prisão. Por isso, o movimento é organizado pelos familiares e mulheres dos militares.
Elas reivindicam reajuste salarial, o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno. “Eles estão sete anos sem aumento e três sem reajuste”, relata a esposa de um militar, uma das que ajudaram a bloquear a saída do Quartel da PM, em Maruípe. Elas denunciam também a frota sucateada e a falta de perspectiva de carreira.
Ali e outros batalhões, os familiares fazem turno e garantem que não irão desistir. “Estamos nos revezando. Não vamos desistir”, afirmou uma manifestante de 41 anos, casada há 23 com militar.
Gazeta Online
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