Foto: Reprodução GloboNews
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou neste sábado (11) que as forças nacionais ficarão o tempo necessário em Vitória, no Espírito Santo, e que a região começa a voltar à normalidade após a mobilização do exército para conter uma onda de violência iniciada pela paralisação de policiais militares há mais de uma semana. "Se nós ainda não recuperamos ou resgatamos a plena normalidade, estamos a caminho disso", disse Jungmann à imprensa.
Ele afirmou que a determinação do presidente Temer é garantir a normalidade na região. "Não vamos vacilar. Missão dada é missão cumprida e vamos até o fim", acrescentou.
Segundo o ministro, a ação emprega 3.130 homens das forças nacionais no estado, mais de 180 veículos, três helicópteros e sete blindados. "A nossa determinação é envolver os recursos pelo tempo que for necessário até que essa normalidade seja assegurada", acrescentou Jungmann.
Policiamento
Jungmann acrescentou que o policiamento neste sábado (11) é superior aos dias normais. "Desde que as forças aqui chegaram não têm acontecido mais saques e arrombamentos. Também houve uma redução expressiva de assassinatos e homicídios, tiveram uma queda vertical”
O governador em exercício do Espírito Santo, César Colnago, afirmou o governo está tomando todas as medidas necessárias para restabelecer a ordem no estado em meio à onde de violência na região. "Não podemos deixar a população desprotegida por esse ato de violência e insanidade contra a população capixaba", disse à imprensa.
Onda de violência
A paralisação de policiais militares no Espírito Santo já dura oito dias. O estado ficou sem policiamento porque protestos de familiares impediram a saída de policiais militares dos Batalhões e Quartéis do Estado.
O estado teve 137 mortes no período segundo o sindicato dos policiais civis. O número é superior aos 122 registrados em todo o mês de fevereiro de 2016.
Representantes dos policiais militares e do Governo do Estado chegaram a um acordo em uma reunião sem a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no estado.
Segundo nossa apuração, a avaliação é que o acordo fracassou porque não foi fechado com representantes efetivos dos grevistas e este é um movimento sem lideranças conhecidas.
O acordo foi fechado na sexta-feira (10) à noite com quatro associações de policiais militares e bombeiros. Assim que foi divulgado, as mulheres de PMs que estão em frente aos quartéis reclamaram que não foram ouvidas e continuaram em frente aos quartéis.
Policiais dizem que não saem para o trabalho porque são impedidos pelas mulheres e familiares. Mas, segundo nossa apuração, coordenadores das forças militares e autoridades governamentais não dão credibilidade a isso pois acreditam que os PMs usam os familiares para tentar escapar de punição.
G1
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