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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

IDOSA DE SÃO JOSÉ DO CALÇADO COMPLETA HOJE 113 ANOS DE VIDA

Em São José do Calçado, no Sul do Estado, em meio a uma longa caminhada de altos e baixos, uma anciã dá uma lição de como driblar os percalços da vida. E que vida. São 113 anos completados nesta sexta (17).

A palavra ‘dificuldade’ esteve sempre presente na vida de Maria Miranda de Assis, que se agarra à sua fé para não fraquejar nas tempestades da vida.
Seus pais Francisco Tomas de Assis e Antônia Pereira de Azevedo nasceram em Minas Gerais. Ela crê que pela lei da vida, nenhum de seus 15 irmãos esteja vivo. Afirma ainda que a labuta na roça roubou toda sua infância, onde teve que se dedicar às atividades do campo, ao trabalho de preparo de terra, ao plantio e à colheita de grãos, pegando parte de um tempo da escravidão.
A idosa nasceu em Cachoeirinha de Rio Pardo, em 17 de fevereiro de 1904. O município passaria a se chamar Irupi em 1943. Depois, mudou-se para São José do Calçado, onde vive até hoje.
Casou-se, aos 21 anos, com Cândido Rangel Miranda. Com ele teve 12 filhos biológicos, sendo que cinco continuam vivos. Ela diz que perdeu as contas do número de netos e bisnetos.
Dona Maria desabafa dizendo que nesses 113 anos de vida, o dia mais feliz de sua vida foi o nascimento de seu primeiro filho. A morte de sete de seus 12 filhos, seu esposo e do cão Bob, companheirinho de três patas – o animal teve uma perna amputada após acidente - são fatos que o tempo não apagou de sua memória.
Convivendo com a diabetes mellitus, bronquite e pressão arterial, ficou apenas uma vez internada em um hospital, isso, depois de 100 anos.
Vive apenas com a aposentadoria do marido que morreu há 25 anos. Crê que Deus decide o tempo de vida de cada pessoa na terra, descartando a ideia que viver muitos anos tenha a ver com o tipo de alimentação que usamos.
“Uso bastante gordura de porco e óleo de soja. Verduras e bananas são meus preferidos no dia a dia. Quase não como carne, a não ser carne de porco. Ainda estou de pé. A vida é uma batalha constante em um navio em alto mar, onde a tempestade testa nossa fé”, analisa.
Evangélica desde mocinha, sempre usa uma bandana. Todos os dias, exceto aos sábados, desce três morros para ir aos cultos na Igreja Universal do Reino de Deus.
Dona Maria mostrando sempre alto-astral e interagindo e, o melhor, sem reclamar de nada. Questionada a respeito da lucidez, a visão excelente e o motivo de sua longevidade, diz que não tem receita, apenas a fé em Deus, pois Deus permitiu e lhe proporciona forças e saúde para viver todos esses anos.
“Até os meus 111 anos de vida, meu dia começava cedo, às 5 horas da manhã fazia café e descia vários morros à procura de materiais recicláveis, retornando quatro horas depois, com muitas garrafas e papelão para vender. Sobrevivo com apenas a aposentadoria (R$ 937,00) do meu marido. Sou analfabeta, mas conhecedora da Bíblia Sagrada. Busco a Deus, ouço música gospel, arrumo a casa e cuido de meus cães”, finaliza a idosa.

Com informações de Sérgio Oliveira – Blog Last-Minute News

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