Dos 78 municípios do Espírito Santo, 14 registraram homicídios nos últimos três dias, após o início da onda de violência que assusta o estado. Somente nesta segunda-feira, foram 38 casos. No total do fim de semana, 63 pessoas pessoas foram assassinadas. Município mais populoso do estado do Espírito Santo, a Serra é também a região mais afetada pela onda de violência e caos que se dissemina desde a madrugada de sábado, tendo registrado 13 homicídios em nove localidades, sendo a maior concentração na Morada de Laranjeiras.
Outro a liderar o ranking de mortes é Vila Velha, onde há o registro de sete óbitos, incluindo o de uma mulher, identificada como Katia Ferreira Almeida, de 19 anos, que teria sido baleada em Rivieira da Barra. Já na capital, Vitória, dois homens foram mortos na Conquista. Do total 11 casos ainda não tiveram a localidade revelada. Ainda não há um balanço oficial com dados da violência, já que o número de crimes cresce exponencialmente em cerca de 18% do total de municípios do estado. Há mais de 60 episódios fatais.
De acordo com um relatório do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (SindiPol), as demais vítimas encontradas nos 14 municípios mapeados são homens, sem contar alguns casos em que o sexo ainda não foi divulgado.
Ônibus incendiados, arrastões e arrombamento de várias lojas no comércio de rua e em shoppings marcaram o clima de tensão ao longo desta segunda-feira. O cenário, com a falta de policiamento, fez com que a prefeitura de Vitória determinasse a suspensão do início do ano letivo na rede municipal de ensino, assim como o fechamento de todas as unidades de saúde. Escolas e faculdades particulares também interromperam suas atividades.
As manifestações de parentes dos agentes de segurança que deram origem aos conflitos acontecem em toda a Região Metropolitana de Vitória, Guarapari, Linhares e Aracruz, Colatina e Piúma. Além de reajuste salarial, os familiares pedem o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno, além de reclamarem do sucateamento da frota e da falta de perspectiva dos agentes.
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