André Garcia e o comandante da PM, coronel Nylton Rodrigues, falam sobre os próximos passos com relação ao movimento grevista
O governo do Estado e comando da Polícia Militar vão punir 703 PMs que descumpriram ordem superior e não estão indo para as ruas fazer o policiamento. Segundo o comandante, coronel Nylton Rodrigues, todos são praças (cabos, soldados e sargentos) indiciados pelo crime de revolta. Desses, 327 foram indiciados nesta quinta (09) e, outros 376, nesta sexta (10). Eles vão ter as férias e os pontos cortados e podem pegar até 20 anos de prisão.
"Quando ocorre uma ação de desobediência, o policial militar passa a cometer uma transgressão grave e um crime militar por desobediência. Quando essa desobediência evolui para motim (reclusão no quartel estando desarmado), quer dizer que, além da desobediência, esse policial também responderá por motim, crime previsto por pena de 4 a 8 anos de prisão. Esse crime de motim também evolui para revolta, quando um grupo se isola num quartel, armado. Esse crime de revolta tem previsto de 8 a 20 anos de prisão", explicou o comandante.
O comandante da PM complementou, ainda, que "eles responderão ao inquérito interdisciplinar militar, que será repassado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia na Justiça. Eles vão ter ponto cortado, não vão receber as férias e podem ser presos", destacou o coronel Nylton. Se condenados a mais de 2 anos de prisão, esses policiais militares podem ser expulsos da corporação.
As punições fazem parte das ações da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) para "restabelecer a disciplina e hierarquia na Policia Militar", pontuou o secretário André Garcia.
"Temos agora é que reconstruir a Polícia Militar, que teve anos de serviço à população capixaba jogados na lama. Vai ser pedra sobre pedra, mas vamos conseguir. Precisamos de uma policia militar que não vire as costas para a população. Que não torne a sociedade refém da criminalidade tendo como objetivo interesses corporativos", disse.
Punição para mulheres
De acordo com o secretário da Sesp, André Garcia, a secretaria já está identificando mulheres de PMs que estão bloqueando os batalhões para que elas respondam criminalmente.
"Estamos identificando as mulheres desses militares e vamos repassar para o MPF (Ministério Público Federal), que nos requereu os responsáveis por esse movimento. Elas vão pagar a conta para a União, pela mobilização das forças militares: Exército, Marinha e Aeronáutica. As mulheres desses militares vão responder. Quem for identificada vai ser intimada para prestar depoimento", afirmou o secretário.
Gazeta Online
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