Foto/Folha Vitória
A cor rosa estará em destaque em algumas horas com o inicio do mês de outubro, período o qual acontece a campanha mundial que busca conscientizar as mulheres para a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. A estimativa é que 59.700 casos da doença surjam no Brasil até o final deste ano, sendo 1.130 no Espírito Santo, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Segundo o oncologista, Roberto Lima o câncer de mama não pode ser totalmente prevenido, em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença. Porém, a campanha Outubro Rosa chama a atenção da população para a importância da prevenção primária, baseada principalmente na realização regular da mamografia. “O exame possibilita detectar lesões menores que 1 centímetro e, neste tamanho, as chances de cura são maiores”, salienta o médico.
A recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que a mamografia seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. O ideal, porém, é que ela seja feita a partir dos 40 anos, já que 20% da mulheres com câncer de mama têm entre 40 e 50 anos. Quando houver indicação médica, em caso de mamas densas, por exemplo, o exame deve ser complementado pela ultrassonografia.
Apesar das estatísticas indicarem o aumento da incidência do câncer de mama tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, os tratamentos deste tipo de tumor evoluíram nos últimos 10 anos, reduzindo a mortalidade e aumentando as chances de cura, que chegam a mais de 90% quando o câncer de mama é descoberto na fase inicial.
Além da mamografia, outra recomendação importante para reduzir os riscos de desenvolvimento do câncer de mama é praticar regularmente atividades físicas e adotar uma alimentação saudável, evitando principalmente excesso de gorduras e açúcar. “Esses hábitos contribuem tanto para a diminuição da incidência da doença quanto para a melhor recuperação durante o tratamento”, ressalta Roberto.
Dentre os principais fatores de risco para o câncer de mama estão a idade, aspectos endócrinos e genéticos. Possuem risco aumentado as mulheres com história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade (não ter tido filhos) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos.
Tratamento
O tratamento do câncer de mama pode envolver cirurgia (retirada parcial ou total da mama), quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. O Oncologista do Cecon ressalta que a mortalidade de pacientes com câncer de mama reduziu bastante em função de tratamentos mais evoluídos e personalizados nos últimos anos, que seguem protocolos mundiais. Atualmente, é cada vez menor o número de pacientes que retiram a mama totalmente.
Folha Vitória
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