Atacante de 31 anos tem passagens por Turquia, Suíça e também pela África do Sul. Contrato com o Bragantino-PA encerra em agosto deste ano
Uma das sensações do Campeonato Paraense, Fidélis não é mais nenhum garoto que tenta a sorte no futebol. Aos 31 anos, o atual jogador do Bragantino-PA tem rodagem por vários clubes do Brasil, todos sem expressão, mas também acumula passagens pelo futebol europeu e africano. Fruto da base do América e do Rio Branco, ambos do Rio de Janeiro, o atacante vê em 2019 a grande chance de sua trajetória profissional.
E não é pra menos e nem de hoje que Fidélis tem feito boas temporadas no estadual. O jogador chegou ao Pará para atuar no Paragominas em 2017. Depois disso defendeu Carajás, São Francisco e Independente Tucuruí até aceitar o convite do Tubarão, onde já marcou três gols e deu quatro assistências. As atuações lhe renderam elogios e, nas redes sociais, torcedores de Remo e Paysandu solicitando a sua contratação para a sequência da temporada.
– Estou muito feliz pelo reconhecimento de Remo e Paysandu. Eu seria hipócrita se falasse que não tenho vontade de jogar nesses clubes. Tenho contrato com o Bragantino até agosto, o clube está crescendo e eu também quero crescer. Por isso, se aparecer uma situação que seja boa para mim e para o clube, eu tenho interesse em ir. Esse ano tudo está diferente: nossa campanha, semifinal e classificação na Copa do Brasil. Isso pesa muito – disse o atleta.
Porém, sobre a possibilidade de transferência para outro clube, Fidélis explica que não existe nada concreto ou sequer negociação em andamento. A boa notícia para os interessados em contar com o jogador para a sequência da temporada é o valor da multa rescisória de apenas R$ 20 mil, segundo revelou ao GloboEsporte.com o próprio atacante. Apenas um advogado o auxilia com relação aos contratos.
Carreira fora do país
Longe do Brasil, Fidélis atuou na Suíça em 2008, no FC Wil, da segunda divisão nacional. Dois anos mais tarde foi parar no Bulospor, da Turquia, também da Série B. Ainda em 2010 o atacante se transferiu para a África do Sul, onde atuou na elite pelo Golden Arrows. Atualmente, os Abafanas, como são chamados pelos torcedores, ocupam a 9ª colocação no certame, distante 12 pontos da zona de classificação para a Liga dos Campeões do continente.
Na volta ao Brasil, o atacante rodou por outros nanicos, a exemplo de Itaboraí, Imperial e Conilon. Em 2014, retornou à Turquia, onde vestiu a camisa do Kastamonuspor, da terceira divisão. Apesar de positiva, a experiência internacional não foi do jeito que o jogador esperava. Problemas com cultura, idioma e documentação o impediram de construir uma carreira sólida principalmente na Europa.
– Joguei muito pouco, marquei poucos gols e não tive sequência boa. Por isso retorno ao Brasil. Resumindo: na Suíça, além da dificuldade com a língua, o treinador não gostava de brasileiros. Na Turquia foi uma passagem normal e, na segunda, tive problemas com documentação. Na África do Sul tive que vir embora quando contrataram outro estrangeiro. Ir para o exterior com um bom contrato é uma coisa. Agora ir para abrir mercado, a coisa muda de figura – explica.
Para o futuro, Fidélis almeja o que qualquer jogador de futebol sonha: atuar em um grande clube. O mais próximo que já conseguiu foi, no começo da carreira, uma negociação para as categorias de base do Vasco. Sem sucesso. Feirense (BA), Sinop (MT), Ypiranga (AP), Rio Branco (ES) e Profute (RJ) completam a lista de times do atacante.
– Sonho em fazer história em um grande clube – finalizou.
Fonte: GloboEsposte.Globo.com
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