Sete pessoas, entre vereador, secretários municipais e servidores da prefeitura de Guaçuí foram presos preventivamente na manhã desta quinta-feira (16), durante a Operação Ouro Velho, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul), com apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do Ministério Público e da Polícia Militar.
Foram presos na operação o presidente da Câmara de Municipal de Guaçuí, Laudelino Alves Graciano; o secretário municipal de Agricultura, Edielson de Souza Rodrigues; o secretário municipal de Educação, Vanderson Pires Vieira; o subsecretário de finanças, Arivelton dos Santos, os membros da comissão de licitação Gilmar Luzente e Jean Barbosa Soares e o proprietário de uma empresa de transporte, Carlos Magno da Silva. Os detidos serão levados para o Centro de Detenção Provisória de Marataízes e para o Centro de Triagem de Viana.
A operação recebeu o nome “Ouro Velho”, por que um dos servidores presos trabalha há mais de 20 anos na prefeitura de Guaçuí.
De acordo com o MPES, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa formada por servidores públicos de setores da Prefeitura e da Câmara de Guaçuí que atuam para obter direta e indiretamente vantagem econômica com a prática de diversas infrações penais.
As investigações revelaram que os integrantes da quadrilha se uniram para combinar editais, frustrar procedimentos licitatórios e divulgar dados sigilosos – como quem participaria das concorrências-, quais as propostas feitas e quem ganharia o certame.
Foi constatado que as fraudes às licitações ocorriam a partir da elaboração dos editais, para permitir a vitória das partes interessadas. “Há, portanto, indícios contundentes das práticas dos crimes de organização criminosa, fraude em licitação e peculato”, diz nota do Ministério Público.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Guaçuí, afirmou que não tem conhecimento, de forma oficial, sobre o motivo da operação nem mesmo o envolvimento dos servidores investigados.
Disse ainda, que deve ser notificada pelo Ministério Público nas próximas horas e que está colaborando com as investigações. O Executivo permaneceu fechado durante a manhã de hoje (16) para atuação dos agentes do Gaeco mas retornou às atividades logo após o fim das diligências.
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