Foto:Raphael Verly/TV Gazeta
Maria da Conceição, Luzvaldete, Maria Aparecida, Josi… todas elas dão nome aos números assustadores de casos de violência contra a mulher no Espírito Santo. Elas foram vítimas de feminicídio, ou seja, mortas pelo simples fato de serem mulheres, por homens que elas conheciam e, muitas vezes, confiavam.
De janeiro a junho deste ano há registro de 15 casos de feminicídio, uma média de dois por mês. A expectativa é de que esses números diminuam, pois segundo a polícia, as mulheres estão denunciando mais: por dia, cerca de 24 pedem medida protetiva, uma média de um pedido por hora. Vítimas que são amparadas pela Lei Maria da Penha, que completa 13 anos nesta quarta-feira, 7 de agosto.
“A violência doméstica e familiar, infelizmente, sempre existiu na nossa sociedade, fruto dessa sociedade machista, de cultura patriarcal. Antes da lei, esses crimes eram extremamente subnotificados. Hoje, com a Lei Maria da Penha, vemos um aumento do número de mulheres que buscam a delegacia e tem coragem de denunciar seus agressores", explicou a delegada Cláudia Dematté, chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher no Espírito Santo.
Em todo o ano de 2018, 6.785 pedidos de medida protetiva foram feitos. Apenas no primeiro semestre deste ano já há registro de 4.789, um indicativo de que estão ocorrendo mais denúncias na comparação entre os dois anos.
Apesar disso, a delegada alerta que um longo caminho ainda precisa ser percorrido.
“Infelizmente ainda temos muitas mulheres vítimas que sofrem caladas. Muitas vezes, por medo, por vergonha, por terem uma ligação afetiva com o autor da violência, por questão de dependência econômica. Mas temos que orientar essas mulheres que denunciem", explicou.
G1/ES
Nenhum comentário:
Postar um comentário