A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Assembleia do Rio decida se os deputados presos na Operação Furna da Onça devem continuar na cadeia. Um dos mais experientes ocupantes do Palácio Tiradentes arrisca um prognóstico sobre o placar da votação, diante da nova formação da Alerj: se os presidiários tiverem 20 votos a favor, será muito. “Os tempos são outros. E muitos serão candidatos no ano que vem”.
Nas contas do parlamentar, serão votos contrários os dos deputados do PSL (12), PSOL (cinco), PSB (dois), Novo (dois), Luiz Paulo (PSDB) e Martha Rocha (PDT). Só aí são 23 dos 70 parlamentares. "Outros vão se esconder embaixo da cama, não vão aparecer em plenário, vão fazer qualquer coisa, mas não vão encarar o desgaste, que é muito grande", avalia.
É bom lembrar que a decisão de libertar os deputados presos na Operação Cadeia velha foi tomada pela Assembleia logo depois da prisão de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi ainda na legislatura passada. Acabou revogada pela Justiça. Aos deputados que votaram, restou a desaprovação da opinião pública e a mais profunda renovação pela qual a Casa já passou.
O presidente da Assembleia, André Ceciliano (PT), vai votar a favor da soltura dos colegas presos na Operação Furna da Onça. Ele tem dito aos colegas que trata-se de uma prerrogativa dos deputados e que está prevista na Constituição Brasileira. Resta saber se ele vai convencer seus pares a seguirem o seu argumento.
Berenice Seara/ Jornal Extra- Foto:Michel Filho/Agência O Globo
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