Sede do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), em Jardim América, Cariacica — Foto: Divulgação/ IEMA
Dois agentes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) foram presos, na manhã desta quarta-feira (16), suspeitos de cobrarem propina de uma empresa. As prisões aconteceram durante uma operação do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e Polícia Civil.
Os funcionários públicos, que atuavam como agentes de desenvolvimento ambiental, trabalhavam na sede o IEMA em Cariacica. Um deles tem 33 anos, entrou no Instituto em 2009; o outro tem 51 anos, e estava no órgão desde 2005.
A investigação apontou que os funcionários pediam R$ 250 mil de propina para aprovar um licenciamento, sendo que R$ 4,5 mil deveria ser pago de entrada.
Foi uma empresa, que fica no Sul do Espírito Santo, que denunciou a ação dos agentes para a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que repassou o caso para o IEMA. Depois de verificarem a denúncia, o órgão denunciou os funcionários para a Sesp.
O diretor presidente do IEMA, Alaimar Fiuza, disse que o órgão não compactua com o comportamento dos agentes. De acordo com Fiuza, o processo correto seria interditar a empresa e dar seguimento ao processo.
"A gente recebe esse processo com muita tristeza. Até porque um procedimento inadequado de um funcionário mancha a imagem de todo mundo. A partir do momento que recebemos a denúncia pela Secretaria de Meio Ambiente, vendo que tinha aparência de materialidade, a gente encaminhou para a Secretaria de Segurança explicando os detalhes", explicou Fiuza.
O delegado do Nuroc Alexandre Falcão disse que o caso é investigado como corrupção passiva, uma vez que os agentes tentaram receber vantagens indevidas de empresários.
"Uma das vítimas fez o pagamento e teve o licenciamento liberado automaticamente. Logo depois, a empresa fez essa denúncia temendo alguma ação. A gente tem tratado essa empresa como vítima, porque ela tem colaborado com a investigação".
Os dois funcionários públicos estão presos temporariamente no presídio de Viana. Um processo administrativo dentro do IEMA também vai avaliar o caso. Na operação foram apreendidos computadores pessoais e de trabalho, além de celulares.
G1/ES
Nenhum comentário:
Postar um comentário