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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

PROJETO REAPROVEITA CASCAS DE MARACUJÁ PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS RICOS EM NUTRIENTES

Workshop foi oferecido durante VII Mostra do Conhecimento. Participantes aprovaram as receitas
Estudantes apresentaram projeto durante a VII Mostra do Conhecimento
Da esquerda para a direita: receita original; com 10%; com 15% e com 20% de farinha de maracujá na formulação
Farinha da casca de maracujá foi usada na formulação de pão e outras receitas também serão testadas

Ela é rica em nutrientes, como fibras, vitamina B3, ferro, cálcio e fósforo. O destino costumava ser o lixo, mas um projeto desenvolvido por três alunos do curso superior em Ciência e Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal Fluminense Campus Bom Jesus do Itabapoana visa popularizar outro fim possível para a casca do maracujá, cuja farinha já é comercializada e tem espaço cativo entre os consumidores de alimentos funcionais. Ajudados pela comunidade, eles reuniram os resíduos para transformá-los em farinha, que foi utilizada para produzir diversas formulações do pão tradicional.
Higienização, corte em tiras finas, secagem e trituração levaram ao produto final, que foi armazenado em geladeira. Diversas formulações foram testadas, até chegarem às três melhores, com 10%, 15% e 20% de farinha de maracujá substituindo parte da farinha de trigo da receita original. O trabalho foi apresentado na VII Mostra do Conhecimento do IFF Bom Jesus, onde também virou workshop. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os benefícios da utilização da farinha na alimentação humana, além de prepararem e experimentarem os pães. Quem experimentou, aprovou. “Disseram que estava muito bom, que podiam sentir o sabor do maracujá, apesar de apresentar um gosto residual um pouquinho amargo”, conta a cientista de alimentos Ana Caroline Barroso.
Além dos benefícios para os consumidores, que ganham mais uma opção de produto livre de glúten para receitas, o projeto apresenta opção de destino certo para as cascas, que seriam jogadas fora. O objetivo é, também, possibilitar a produção da farinha com baixo custo, tornando o produto mais barato e, portanto, mais acessível. A produção, contudo, demanda grande quantidade de cascas: 11 quilos renderam 882 gramas de farinha.
O próximo passo do projeto é a análise para comparação do teor de fibras na farinha e nos pães. As atividades são desenvolvidas pelos cientistas de alimentos Ana Caroline Barroso e Diego Pádua e pela graduanda em Ciência e Tecnologia de Alimentos Lucilene Benevenuti, orientados pelo professor Alcides Ricardo Gomes de Oliveira. Os processos são auxiliados pelos técnicos de laboratório Wilson Amorim da Silva e Luis Paulo Estephanelli, no laboratório de panificação do Campus Bom Jesus.

por Comunicação Social do Campus Bom Jesus do Itabapoana

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