Pessoas obesas infectadas pelo novo coronavírus podem ter mais chances de desenvolver complicações graves do vírus
De acordo com o Ministério de Saúde, os jovens obesos morreram mais por conta do novo coronavírus do que os idosos obesos. O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, destacou que "Em todos os grupos de risco da doença, a maioria dos indivíduos tinha 60 anos ou mais, exceto para obesidade”. Os dados apontam uma taxa de letalidade de jovens obesos de 60% e, em idosos com mais de 60 anos, de 43%.
De acordo com a endocrinologista Claudia Kalil, coordenadora do Núcleo de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, explicou que não existe base científica que justifique essa diferença na taxa de letalidade. Um dos motivos para que isso aconteça, segundo ela, é que o número de obesos acima de 60 anos é menor se comparado ao de idosos em geral.
De acordo com o IBGE, apenas 11% dos homens acima de 60 anos e 25% das mulheres têm obesidade. No entanto, cerca de 20% da população brasileira é obesa, segundo o Ministério da Saúde.
"Em todos os casos, ao cruzar mais de um grupo de risco, como idade e hipertensão, ou hipertensão, fumante e diabetes, pacientes acumulam mais chances de ter um agravamento de quadro caso se contamine com a covid-19", afirma.
De acordo com estudo publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças do governo dos Estados Unidos, aproximadamente 168 mil mortes por ano no Brasil são atribuídas ao excesso de peso e obesidade.
Hipótese de letalidade nos mais jovens
O IMC é calculado pela divisão do peso pela altura elevada ao quadrado. Para ser considerado abaixo do peso, o IMC deve ser menor ou igual a 18,5; ideal, entre 18,5 e 24,9; sobrepeso, de 25 a 29,9; e, obesidade, acima de 30.
Pessoas obesas infectadas pelo novo coronavírus podem ter mais chances de desenvolver complicações graves do vírus.
Processo de inflamação explica taxa de mortes
A obesidade lidera os principais grupos de risco junto com idade avançada, hipertensão e diabetes. Segundo dados do Ministério da Saúde, 48,2% das vítimas da covid-19 também tinham obesidade, além de outras doenças.
“A pessoa que tem gordura, principalmente na região abdominal, produz citocinas. Isso causa um processo inflamatório crônico que acomete vasos, músculos e estados físicos, por isso esses pacientes são mais propensos a desenvolver doenças, como a covid-19”, explica.
Com informações do portal R7/Redação Folha Vitória
Nenhum comentário:
Postar um comentário