Governador em exercício descartou que o estado esteja vivendo uma segunda onda e prometeu fiscalizações mais rígidas em eventos. RJ vive alta de casos e mortes, e ocupação de leitos de UTI na rede pública atingiu 93%
O governador do Rio de Janeiro em exercício, Cláudio Castro, anunciou nesta terça-feira (24) que o estado vai criar métodos de testagem em massa para combater o aumento dos números de mortes e casos de Covid-19. Mesmo com o crescimento, Castro descartou, por enquanto, implementar medidas mais restritivas no estado – o chamado lockdown – e prometeu intensificar a fiscalização.
“Não fecharemos nada neste momento. A nossa ação é de conscientização. Fizemos um pacto para que a gente aumente as regras de higiene e tenha uma maior capacidade de atendimento", afirmou o governador em entrevista coletiva no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio.
O anúncio do governador em exercício ocorre no momento em que o RJ registra um crescimento no número de mortes e casos de Covid no estado.
A média móvel de mortes, nesta terça, apresentou uma variação de 216% na comparação com as duas semanas anteriores. É o 8º dia seguido de alta.
A média móvel de casos também está em alta, com variação de 44%.
O número de internações por Covid nos hospitais também deu um salto nos últimos dez dias – subiu de 878 para 1.051, um aumento de 26%.
A taxa de ocupação em unidades de terapia intensiva (UTIs) na rede do Sistema Único de Saúde da cidade, que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais, atingiu 93%.
Postos para diagnosticar a doença
Na coletiva, Castro também afirmou que irá anunciar, ainda esta semana, quais serão os locais que vão receber postos de diagnóstico precoce da doença, com exames de PCR e imagem. As medidas serão válidas por 15 dias, segundo o governador.
Apesar das afirmações e do aumento do número de mortes e casos, o chefe do Executivo estadual descartou que o RJ esteja vivendo uma "segunda onda" de Covid e prometeu que as fiscalizações contra quem descumprir as medidas sanitárias serão mais rígidas.
Após uma reunião com setores do comércio e outros serviços nesta terça, na coletiva Castro garantiu que não haverá o fechamento de atividades.
"Não podemos ser irresponsáveis de tachar o Rio como vítima de uma segunda onda. Tivemos, ainda, as eleições municipais, que podem ter sido preponderantes para o aumento dos números", opinou.
Como havia antecipado no G1 o jornalista Edimilson Ávila, Castro também anunciou mais 400 leitos para pacientes infectados com o novo coronavírus.
De acordo com o anúncio de hoje serão três, primordialmente, as medidas do governo:
Aumentar a fiscalização com ajuda das prefeituras
Testagem em massa
Diagnóstico precoce – locais de postos serão anunciados na quinta-feira
Encontro com prefeitos
Ainda nesta terça, Castro vai encontrar com prefeitos da Região Metropolitana para discutir como melhorar a fiscalização de locais com aglomeração, potenciais vetores de Covid.
"A minha proposta, nesse encontro com os prefeitos, é 'azeitar' essa questão da fiscalização. A gente está seguro que aumentando a fiscalização, aumentando o número de vagas e com a ajuda dos que estão aqui, os números vão diminuir bastante."
Vacina
Castro anunciou, ainda, que a Secretaria de Saúde já está se planejando para, com a chegada da vacina, iniciar o plano estadual de imunização.
"O estado vai comprar tudo o que for necessário para que não tenha que comprar depois, de forma emergencial, ou acima do preço", detalhou o governador.
O secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Chaves, acrescentou que a testagem em massa deve começar no hospital modular de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
"Vai ser testagem e raio-x, e internação se tiver alguma patologia. (...) A previsão é que comece em 48 horas", explicou Chaves.
Além do hospital modular de Nova Iguaçu, Chaves afirmou que outras unidades – sem dizer quais –também poderão ser utilizadas para realizar os testes. O secretário também disse que o estado "encontrou" 214 leitos que não estavam sendo usados.
Por Henrique Coelho, G1 Rio
Concordo com a testagem em massa, até porque tem muitos testes em poder do governo federal que está prestes a vencer (muita sacanagem). Agora dizer que não está tendo uma segunda onda, só na terra de Nárnia desse aventureiro que está no governo. Idem ao federal. Agora aguenta sem reclamar, àqueles que acreditaram que papai Noel existe e votaram nesses vagabundos para exercerem essa vergonhosa administração.
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