O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) divulgou, neste domingo (28), denúncias de que a plataforma P-53, no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, trabalha com somente um terço de sua equipe regular. A redução de pessoal seria resultado de um surto de Covid-19, registrado no fim da semana passada e, segundo a entidade, coloca trabalhadores em risco e ameaça a produção. O Jornal Terceira Via entrou em contato com a Petrobras, mas a estatal não havia se posicionado até a publicação desta reportagem.
De acordo com o Sindipetro-NF, a produção da P-53 “conta com somente 3 operadores e um supervisor embarcados neste momento”. A unidade tem no seu efetivo normalmente 12 operadores, além dos dois supervisores de produção.
Ainda segundo informações recebidas pelo Sindipetro-NF, o único supervisor embarcado na P-53 apresentou sintomas da doença e está isolado em um camarote da unidade.
Os petroleiros pediram à Petrobras que interrompesse temporariamente a produção da unidade até que a situação se resolvesse, mas a reivindicação não teria sido atendida pela companhia.
“Ultrapassando o limite da irresponsabilidade e o descaso com a saúde e segurança de todos a bordo, recebemos relatos de que a empresa não pretende parar a produção da unidade. Segundo informações da empresa, será mantido um dos dois trens de produção”, afirmou Tezeu Bezerra, coordenador do Sindipetro-NF.
De acordo com o Painel Dinâmico da Produção de Petróleo e Gás Natural da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a P-53 registrou produção de 46,687 mil barris de petróleo e 820,9 mil metros cúbicos de gás natural no dia 23 de março (dado mais recente disponível na ferramenta).
Jornal Terceira Via
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