Em 1990 a dupla Chitãozinho e Xororó gravou essa
música de autoria de Paulo Debétio e Paulinho Rezende: Natureza Espelho de Deus.24 anos depois o mundo “briga” pela preservação da natureza. Em Um Evento em Bom
Jesus (não recordo o ano) foi exibido um filme onde o Rio Itabapoana foi o
personagem principal, desde a sua nascente na Serra do Caparaó em Minas Gerais,
até desaguar no Oceano Atlântico em Barra do Itabapoana ( São Francisco do
Itabapoana-RJ) a música tema era Natureza Espelho de Deus. Confira a
poesia em defesa da natureza.
“Eu sou a água dos rios das
beiras da terra
A dar de beber as sedentas sementes
Eu sou a nascente, o cerrado e a serra
A dar de beber as sedentas sementes
Eu sou a nascente, o cerrado e a serra
Eu sou o grito de dor da madeira ferida
A relva, a selva, a seiva da vida
Peão boiadeiro que o laço não erra
A relva, a selva, a seiva da vida
Peão boiadeiro que o laço não erra
Eu sou o doce das frutas, a erva que amarga
O quarto de milha e o mangalarga
As águas revoltas são os prantos meus
O quarto de milha e o mangalarga
As águas revoltas são os prantos meus
Quem envenena meus mares, me queima e desmata
Me sangra sem pena, aos poucos me mata
Não vê que eu sou o espelho de Deus
Me sangra sem pena, aos poucos me mata
Não vê que eu sou o espelho de Deus
Eu sou a natureza, indefesa, não me trate
assim
Eu sou a águia, a baleia e o angelim
Somos irmãos da terra, pedra, bicho, planta, gente, enfim
Pra que essa vida viva cuida bem de mim
Eu sou a águia, a baleia e o angelim
Somos irmãos da terra, pedra, bicho, planta, gente, enfim
Pra que essa vida viva cuida bem de mim
Eu sou o sol das manhãs sobre minhas
campinas
O frio das neves, as claras colinas
Os pássaros livres, a sombra que resta
O frio das neves, as claras colinas
Os pássaros livres, a sombra que resta
Eu sou o bicho do mato, a flor pantaneira
Eu sou a savana, a serpente, a palmeira
O cheiro do verde que vem da floresta
Eu sou a savana, a serpente, a palmeira
O cheiro do verde que vem da floresta
Sou cavaleiro do mundo, eu sou a boiada
Eu sou o estradeiro e o pó da estrada
Sou crença nos olhos dos homens ateus
Eu sou o estradeiro e o pó da estrada
Sou crença nos olhos dos homens ateus
Quem me devasta, me fere, me caça, me
extingue
Me arranca as raízes não deixa que eu vive
Não pode se ver no espelho de Deus
Me arranca as raízes não deixa que eu vive
Não pode se ver no espelho de Deus
Eu sou a natureza, indefesa, não me trate
assim
Eu sou a águia, a baleia e o angelim
Somos irmãos da terra, pedra, bicho, planta, gente, enfim
Pra que essa vida viva cuida bem de mim.”
Eu sou a águia, a baleia e o angelim
Somos irmãos da terra, pedra, bicho, planta, gente, enfim
Pra que essa vida viva cuida bem de mim.”