FOTO-DIVULGAÇÃO POLÍCIA CIVIL.
Na manhã de terça-feira (3/2), policiais civis do Espírito Santo participaram de uma operação, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, que resultou na prisão do líder de uma quadrilha de produtores rurais acusada de sonegar impostos e desviar R$ 25 milhões dos cofres públicos. A ação também teve a participação de policiais civis de Goiás.
De acordo com o responsável pela Superintendência de Polícia de Ações Estratégicas e Operacionais (SAEO), delegado Josemar Sperandio, o empresário V.A.T., 44 anos, foi detido em Domingos Martins. Três mandados, sendo dois de busca e apreensão e um de prisão, foram cumpridos pelos policiais civis capixabas. “Ele estava sendo monitorado desde ontem (02/02). Tínhamos equipes na casa do suspeito, na Praia da Costa, mas ele foi visto tomando café em Domingos Martins onde foi cumprido o mandado de prisão”, disse Josemar.
Na residência do empresário foram apreendidos um notebook e um HD. Josemar Sperandio explicou que o empresário é apontado como agenciador da quadrilha no Estado. “Ele captava compradores de grãos aqui no Espírito Santo e fazia a intermediação entre eles e os produtores rurais de outros estados. As notas fiscais referentes a essas compras eram frias e foram emitidas por empresas fantasmas sediadas no Distrito Federal”, disse.
O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal e responsável pela operação, Fabio Souza, garantiu que as investigações continuarão. “Existe uma lista com nome de empresas que serão investigadas. Queremos saber se os compradores tinham envolvimento no esquema”, afirmou.
V.A.T. será encaminhado para o Distrito Federal onde cumprirá o mandado de prisão temporária de cinco dias, decretado pela Justiça.
A ação foi batizada de Operação Tabulare e as investigações começaram há nove meses. Segundo o delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Fabio Souza, a quadrilha agia há, pelo menos, um ano sendo que entre o último trimestre de 2013 e final do ano passado, cerca de R$ 25 milhões foram sonegados da receita estadual do Distrito Federal.
As mercadorias eram adquiridas em Minas Gerais e em Goiás, revendidas no Espírito Santo e as notas fiscais emitidas no Distrito Federal. No esquema, as mercadorias eram revendidas como se tivessem sido produzidas no Espírito Santo, cuja alíquota do ICMS é de 12% enquanto que no Distrito Federal é de 17%. Assim, a quadrilha recolhia um valor menor do que o necessário pelos grãos, já que só precisava pagar a diferença de 5%. Dessa forma, os produtos eram revendidos no Espírito Santo por um preço mais barato. “O dinheiro sonegado era enviado para a empresa como lucro”, afirmou o delegado Fabio Souza.
Durante a operação que aconteceu também no Distrito Federal e em Goiás, foram cumpridos 33 mandados, sendo de 13 de prisão. Os detidos são suspeitos de sonegação fiscal, estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica.
Assessoria de Comunicação Polícia Civil