Do alto é possível ver o tamanho da área atingida. Lama e mais lama, onde antes havia mata e um vilarejo com cerca de 200 casas. Muitas foram totalmente encobertas. Um carro foi parar em cima de uma delas e ficou pendurado sobre as paredes. Vários outros foram arrastados.
O distrito de Bento Rodrigues, a 25 quilômetros de Mariana, região central de Minas Gerais, tem 600 moradores. Só a parte mais alta não foi soterrada.
O vilarejo fica em uma área montanhosa, próxima a várias barragens de rejeitos. A que se rompeu é a Barragem de Fundão, da mineradora Samarco.
Na hora do rompimento, pelo menos 50 trabalhadores estavam na barragem, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Mineração.
Um caminhão ficou tombado, depois do deslizamento de terra no local. Horas depois, uma forte correnteza de lama ainda descia a montanha.
Em nota, a mineradora Samarco declarou que ainda não é possível saber as causas e a extensão do acidente. E que está priorizando o atendimento às vítimas e a recuperação dos danos ambientais.
A Defesa Civil de Mariana alerta para o risco de novos deslizamentos de terra no local. Mais de 200 pessoas da Guarda Municipal, dos Bombeiros, das polícias Civil e Militar, da Defesa Civil e da mineradora trabalham em busca dos soterrados. A secretaria não informou se a mineradora tinha licença ambiental pra funcionar.
Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas estão desaparecidas. Alguns feridos foram levados para o hospital em Mariana. O Ministério Público Estadual disse que não havia denúncia contra a barragem e que nesta sexta-feira (6) um promotor de Justiça de Meio Ambiente vai ao local com uma equipe técnica pra avaliar a situação.
A Polícia Militar de Meio Ambiente fiscalizou a mineradora há dois anos e não encontrou problemas na barragem. Uma perícia deve apurar o que aconteceu.
JN
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