Um ponto da Praia de Peracanga foi identificado como impróprio pelas análises. Foto: Glenda Machado |
Já a Praia da Areia Preta é um ponto liberado para banho. Foto: Glenda Machado |
Alvério Francisco Neto ficou surpreso com a placa na Praia da Castanheiras. Foto: Glenda Machado |
A turista Marli achou estranho a placa ser afixada no fim da temporada. Foto: Glenda Machado |
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) divulgou, nesta quinta-feira (1), um novo relatório de balneabilidade das praias de Guarapari. De acordo com os dados divulgados pelo órgão, apenas cinco dos 13 pontos analisados estão impróprios e devem ser evitados pelos banhistas. Os pontos reprovados estão nas praias mais frequentadas na alta temporada, que são Peracanga, Castanheiras e Praia do Morro. As placas de próprio e impróprio para banho estão sendo afixadas agora pela manhã.
Na Enseada Azul, a badalada praia de Peracanga foi reprovada no teste realizado e ficou com a taxa de coliformes fecais acima do permitido. O ponto específico de coleta foi em frente ao Ed. Monteiro Lobato. Já as praias da Bacutia e Meaípe passaram na análise e permanecem liberadas para banho. A região central também foi pega de surpresa no estudo. Nas praias do centro deve-se evitar entrar na água da Praia das Castanheiras, logo em frente ao Clube Siribeira. Areia Preta, Namorados e Virtudes não apresentaram índices altos e foram aprovadas.
Para quem prefere aproveitar o fim de semana na região norte, o mergulho não é recomendado na Praia do Morro. Todos os três pontos analisados estão impróprios para banho. São eles: Em frente ao Ed. Varandas de Guarapari, Quiosque nove e no Ed. Maison Classic. A Prainha em Muquiçaba, e as Praias de Santa Mônica e Setiba receberam selo azul e foram aprovadas no teste.
De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Tereza Cristina, uma área é considerada própria para banho quando em 80% ou mais das amostras analisadas em uma das cinco semanas anteriores colhidas no mesmo local, não é encontrado mais do que o limite de 800NPM (Número Mais Provável) de coliformes fecais por cada 100 ml de água. O mergulho é permitido, desde que em uma distância de 30 metros do ponto analisado.
Os locais impróprios apresentaram valor superior na última semana analisada, mas segundo a secretária eles podem mudar por fatores sazionais. “Atribuímos os resultados dos testes a falta de consciência das pessoas com o meio ambiente. Temos muitos animais nas praias também que contribuem para o alto número de coliformes fecais”, disse a Secretária de Meio Ambiente. Sobre o tratamento de esgoto, a secretária disse que a meta é atingir 100%. “Boa parte do nosso esgoto é tratado pela Cesan, mas o nosso trabalho tem sido ostensivo para atingirmos total cobertura do esgoto no município”, completou.
As análises devem ser repetidas antes do carnaval, próximo ao dia 20 de fevereiro.
Moradores e turistas questionam resultados da análise
Em pouco tempo da afixação das placas de balneabilidade, turistas e moradores questionavam a informação e não acreditavam no que estavam vendo.
Para o morador de Guarapari e ex-funcionário público, Alvério Francisco Neto que passava na Praia das Castanheiras no momento da afixação da placa, foi uma verdadeira surpresa. “Estou surpreso. Será que isso não é proveniente da lancha que afundou aqui no mar? Nunca pensei que a praia das castanheiras fosse imprópria para banho. Sou morador de Guarapari e sempre frequentei essa praia. Tomara que isso seja temporário”, disse.
Uma turista do Rio de Janeiro também manifestou sua indignação. “A água é aparentemente tão limpinha e parece que esse teste foi feito há mais de uma semana e agora que não tem ninguém e que a praia está mais vazia, uma placa dessas assusta muito e ajuda a denegrir a imagem. Eu não sei até que ponto isso é válido”, questionou, Marli de Oliveira Silva.
As praias de Guarapari, no Espírito Santo, não tinham análises de balneabilidade desde 17 de março de 2016, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema). De acordo com a resolução nº 274, de 29 de novembro de 2000, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), as águas serão consideradas impróprias quando no trecho avaliado for verificado valor acima do estabelecido de coliformes fecais, valor acima do estabelecido de enterococos, incidência elevada ou anormal de doenças transmissíveis por via hídrica na região, indicada por autoridades sanitárias, presença de resíduos sólidos ou líquidos, inclusive esgotos sanitários, óleo, graxas e outras substâncias.
FOLHA DA CIDADE
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