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domingo, 21 de maio de 2017

PM-ES PLANEJA CONCURSOS PARA CONTRATAR 240 POR ANO


Coronel Nylton Rodrigues-Foto: Antonio Cosme
A Polícia Militar planeja realizar a cada ano um concurso para contratar e formar soldados. A intenção é que haja anualmente a abertura de 240 vagas para repor o quantitativo médio dos praças que se aposentam na corporação.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, não descarta de que já possa haver neste ano ou em 2018 o processo seletivo, que terá novos moldes.
Segundo a Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), a realização de novos concursos depende da capacidade financeira do Estado e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Os candidatos, segundo o comandante, passarão por dois anos de formação. “No primeiro ano, o aluno-soldado ficará em sala de aula. Já no segundo, irá para a rua. Reconhecemos que houve falhas nas formações anteriores, quando, por exemplo, houve quatro meses para preparar os novos soldados”.
O planejamento é que o concurso seja anual para manter a academia sempre atualizada. O método de formação, segundo o comandante, segue o que já é feito entre os militares de São Paulo.
A necessidade de maior tempo para a formação dos futuros praças envolve questões para tornar o aluno mais preparado para as missões de cada dia, bem como passar os valores da corporação aos selecionados.
“Maior que a crise política e econômica é a crise de valores em nossa sociedade. É pela falta dos valores que acontecem os crimes”, ponderou o oficial.
Além da formação dos praças, o Comando Geral pretende, se possível, manter anualmente o Curso de
Formação de Oficiais (CFO), com abertura de 20 vagas.
Quanto ao Curso de Habilitação de Oficial à Administração (CHOA), ficou definido junto às associações que somente os subtenentes estarão aptos para poderem se tornar segundo-tenente.
Elite
A Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp) terá treinamentos reforçados. O comandante geral destacou que os PMs da tropa de elite terão mais tempo para aprenderem como lidar com as operações especiais.
A partir do fim da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam), que foi pulverizada para as forças táticas dos batalhões, a Cimesp agora é a única tropa de elite e não tem responsabilidade de policiamento ostensivo. “Eles ficam treinando para atuarem nos momentos específicos, como uma ocupação de morro, por exemplo”.

Reportagem de Rafael Moura para a edição de A Tribuna

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