João Paulo só se deu conta do problema depois de consultar o aplicativo do banco
O capixaba João Paulo Barcelos, de 40 anos, começou 2018 com um grande susto. Sem perceber, ele teve os talões de cheque roubados e, desde então, bandidos fizeram a festa gastando os cheques dele. Na madrugada desta quinta-feira (04), veio o maior baque, ele notou na conta um débito no valor de R$ 408 mil.
João Paulo havia se dado conta do problema na última terça-feira (02), depois de consultar o aplicativo do banco.
O fiscal, que mora em Vila Velha, conta que recebeu o telefonema de um comerciante de Rio Bananal que questionava sobre um cheque no valor de R$ 840. A partir daí, João Paulo começou a notar no extrato das duas contas bancárias - uma jurídica e outra pessoas física - uma série de lançamentos feitos com cheques nos mais variados valores, alguns superiores a R$ 1 mil.
"O comerciante me ligou perguntando se eu havia dado um cheque de R$ 840 para que fosse utilizado como pagamento. Eu disse a ele que não tinha dado cheque nenhum para ninguém, e ele contou que dois homens compraram uma série de bebidas na distribuidora dele e pagaram com um cheque meu. Achei estranho e fui verificar minha conta no aplicativo do banco e encontrei mais um monte de cheque sem fundo também", conta.
João Paulo não sabe ao certo quando e de onde os talões de cheque foram roubados. "Eu tenho uma pasta onde fica toda a minha documentação, tinha alguns talões de cheque nela que eu nem me lembrava mais. Essa pasta fica sempre dentro do meu carro, alguém deve ter visto os talões lá e pegou. Estou há dois dias sem dormir direito, fiquei louco quado vi esse lançamento no valor de R$ 408 mil. Já vi matéria de estelionatário na TV, mas desse jeito nunca. Me senti completamente impotente", revelou.
O fiscal reclama, que apesar do valor alto do cheque, o Banestes não o comunicou sobre a movimentação bancária. "Em outros tempos, há uns três meses atrás, eles sempre me ligavam quando pegavam um cheque meu e perguntavam se eu estava ciente, se estava tudo certo. Dessa vez, um cheque de R$ 408 mil, e o banco não me procurou", criticou.
Cheque não será compensado
Procurada pela reportagem, o Banestes informou por meio de assessoria de imprensa que "o cheque de R$ 408 mil só seria compensado após contato da agência com o cliente" e que "orientou o cliente a, após registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil, se dirigir à agência para sustar os demais cheques furtados".
"O Banestes informa que, visando a segurança do cliente e também da instituição, o cheque de R$ 408 mil em nome do senhor João Paulo Barcelos só seria compensado após contato da agência com o cliente. O Banco destaca que o cheque aparece no extrato dele porque deu entrada ontem (03/01 - quarta-feira) para compensação, mas ainda estava em análise e já constava inserido no extrato como “Compensado Devolvido”. A agência teria até hoje (04/01 - quinta-feira) pela manhã para entrar em contato com o senhor João Paulo e comunicar sobre o cheque. Logo pela manhã, em contato com ele, o gerente explicou que o cheque não seria compensado e orientou o cliente a, após registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil, se dirigir à agência para sustar os demais cheques furtados", diz a nota.
Gazeta Online
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