Fotos do resgate do vereador Mitter Borges (PP), que ficou em posse de bandidos na noite da última terça-feira (27), foram divulgadas nas redes sociais na tarde de hoje (1º). Segundo o vereador, as imagens foram registradas por pessoas que o encontraram amarrado dentro do seu carro, na zona rural de Venda Nova do Imigrante.
Mitter, que ficou desaparecido desde as 19h30 de terça até a manhã de quarta, afirmou que foi vítima de tentativa de assalto seguida de sequestro.
Ele contou com exclusividade para a reportagem, na delegacia de Venda Nova do Imigrante, que foi abordado em uma estrada de Jerônimo Monteiro por dois homens que estavam em uma motocicleta e ordenaram que ele parasse o carro.
Um dos bandidos entrou no veículo do parlamentar, e com uma arma em sua cabeça seguiu até a uma agência do Banestes em Ibitirama, onde tentaram efetuar um saque, mas sem êxito. Na sequência, Mitter foi obrigado a dirigir até a comunidade de Sapucaia, em Venda Nova, onde foi agredido e amarrado com um arame e com a própria gravata, sendo abandonado preso dentro do seu automóvel.
“Um dos homens ficou no banco de trás com uma arma apontada para minha cabeça e fazendo ameaças. O rosto estava descoberto, era careca e tinha bigode, mas eu não o conheci. Não levaram nada, nem minha aliança. Me amarraram com arame e com minha própria gravata que estava no carro. O homem baixou o pino do carro e jogou a chave dentro”, contou.
No início da manhã de quarta-feira, populares que passavam pelo local ajudaram a libertar o vereador. Ele foi atendido no hospital de Venda Nova e prestou depoimento na delegacia do município, porém o caso será investigado pela delegacia de Jerônimo Monteiro.
O delegado responsável pelo caso, Ricarte Teixeira, informou que as investigações seguem em sigilo.
Oposição
Mitter, que faz oposição a atual administração, não descartou que pode ter sido alvo de perseguição política. “Se a tentativa foi de me calar, quebraram a cara”, resume.
Mitter confirmou, ainda, que estará presente na sessão da Câmara de Jerônimo Monteiro na noite desta quinta-feira (1º).
O prefeito de Jerônimo, Sérgio Fonseca (PSD), divulgou nota, após o comentário do vereador sobre perseguição política.
Segundo Fonseca, na manhã de quarta-feira (28), quando cumpria agenda na Funasa e com o governador Paulo Hartung (PMDB), em Vitória, tomou ciência do fato suposto sequestro na cidade e, na oportunidade, dirigiu-se ao Chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, delegado Guilherme Daré, na companhia do Chefe de Gabinete do governador, Paulo Roberto Ferreira, onde solicitou “providências e total investigação” sobre o ocorrido.
“Diante das suposições, das publicações, comentários em rede social e das notícias divulgadas, algumas até relacionando o ocorrido a minha pessoa, pedi ao Estado averiguação para que o corrido seja, o mais breve, totalmente esclarecido. A solicitação foi oficial e imediatamente protocolada nos órgãos responsáveis que farão a investigação”, disse o prefeito em nota.
A nota ainda afirma que a municipalidade repudia qualquer ação do gênero em Jerônimo Monteiro, seja com integrantes do Poder Público ou com o cidadão, se colocando a disposição para prevenção e punição dos envolvidos.
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